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Os milagres da Eucaristia

12/06/2018
Os milagres da Eucaristia

No último dia 31 de maio de 2018 faltei a Procissão de Corpus Christi em nossa cidade. A virose me tirou de circulação durante 7 dias. Não pude sair de casa. Mas não me afastei da minha devoção ao sagrado “Corpo de Cristo”, pois, de há muito, acompanho experiências vividas por cristãos católicos espalhados pelo Brasil e pelo mundo acerca do fenômeno dos milhares eucarísticos, especialmente por se tratar de um “alimento espiritual” que atinge a alma, o corpo e o espírito. Já registrei mais de 130 milagres, sendo metade deles ocorrido na Itália. O mais famoso de todos eles é o “Milagre de Lanciano” ocorrido no ano de 700 na Itália. Conta-nos a história religiosa que no Século VIII, um monge da ordem de São Basílio estava celebrando uma missa na Igreja dos Santos Degonciano e Domiciano, quando, terminada a Consagração realizada por ele, a hóstia transformou-se em carne e o vinho depositado dentro do cálice em sangue. O exame das relíquias, segundo critérios científicos, foi efetuado entre os anos de 1970/1971 e outra vez em 1981 pelo Professor Odoardo Linoli, catedrático de Anatomia e Histologia Patológica e Química e Microscopia Clínica, Coadjuvado pelo Professor Ruggero Bertelli, da Universidade de Siena, cujos resultados apontaram que: A hóstia é realmente constituída por fibras musculares estriadas, pertencentes ao miocárdio e que o sangue, trata-se de genuíno sangue humano.  E não é lá só isso. Os vestígios de sangue pertencem ao grupo sanguíneo do tipo “A”, enquanto o sangue contido na carne e o sangue do cálice revelam tratar-se sempre do mesmo sangue grupo “AB” (sangue comum na raça dos Judeus). Também esse grupo sanguíneo é o mesmo identificado pelo professor Pierluigi Baima Bollone, da Universidade de Turim, quando investigado o Santo Sudário. Impressionante é que apesar da sua antiguidade, tanto a carne quanto o sangue se apresentam com uma estrutura de base intacta e sem sinais de alterações substanciais; este fenômeno se dá sem que tenham sido utilizadas substâncias ou outros fatores aptos a conservar a matéria humana, mas, pelo contrário, apesar da ação dos mais variados agentes físicos, atmosféricos, ambientais e biológicos continuam inalterados.

Outro exemplo, Marthe Robin, uma francesa, alimentou-se durante mais de 40 anos só de Eucaristia. Teresa Newmann, na Alemanha, por 36 anos fez a Eucaristia seu alimento diário. Mas a história mais comovente é da portuguesa Alexandrina Maria da Costa, nascida em 1904, na província de Balasar. Sua casa foi invadida por três homens que quiseram violentá-la, quando ela tinha 14 anos de idade. Numa atitude desesperada para proteger sua pureza, ela pulou da janela do seu quarto, a 4 metros de altura, vindo a sofrer graves sequelas no corpo. Porém, ainda que presa na sua cama, por causa da paralisia, ofereceu seu sofrimento a Deus.  Recebeu dons místicos extraordinários do Cristo. Entre 1938 e 1942, reviveu a Paixão de Cristo nas sextas-feiras em seu próprio corpo. Entre 1942 e 1955 (durante 13 anos), viveu sem absolutamente nenhum alimento, somente se alimentando da Eucaristia, tornando-se um milagre vivo em Portugal.

São Justino de Nablus, filósofo e teólogo, nascido na Síria Palestina, que foi decapitado no ano de 165 d. C. (na época do Imperador Marco Aurélio), escreveu sua convicção com a Eucaristia. Disse ele: “Este alimento se chama entre nós Eucaristia, da qual ninguém pode participar, a não ser que creia serem verdadeiros nossos ensinamentos e se lavou no banho que traz a remissão dos pecados e a regeneração e vive conforme o que Cristo nos ensinou. De fato, não tomamos coisas como pão comum ou bebida ordinária, mas da maneira como Jesus Cristo, nosso Salvador, feito carne por força do Verbo de Deus, teve carne e sangue por nossa salvação, assim nos ensinou que, por virtude da oração ao Verbo que procede de Deus, o alimento sobre o qual foi dita a ação de graças – alimento com o qual, por transformação, se nutrem nosso sangue e nossa carne – É a carne e o sangue daquele mesmo Jesus encarnado” (I Apologia, Editora Paulus).

Aliás, de acordo com São Justino, toda pessoa, criada como ser racional, participa do “Logos” (do Verbo), que leva desde a gestação e pode perceber a luz da verdade. Ele era convencido de que a filosofia grega tende para o Cristianismo, “acredita que os cristãos podem servir-se dela com confiança” e em conjunto, a figura e a obra do apologista “assinalam a decidida opção da Igreja antiga em favor da filosofia, em vez de ser a favor da religião dos pagãos”, com a qual os primeiros cristãos “rechaçaram com força qualquer compromisso”. Era a escolha pela verdade do ser, contra o mito do costume… Pensemos nisso! Por hoje é só.