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Unesp tem vigília após assassinato de estudante de 17 anos
Uma universitária foi morta na tarde desta segunda-feira, 9, em Ilha Solteira, no interior de São Paulo, e o principal suspeito do crime é o ex-namorado da vítima. Maria Júlia Martins Quintino da Silva, de 17 anos, estudava zootecnia na Unesp e levou várias facadas quando seguia pela calçada, ao sair da república onde morava, rumo à faculdade.
A Unesp decretou luto e os estudantes se vestiram de preto e fizeram uma vigília silenciosa na noite desta segunda-feira. Outro ato no campus da universidade está marcado para a tarde desta terça-feira, 10.
“Reconhecemos que precisamos oferecer um apoio direto a vítimas de ameaças para evitar novos casos como esse, que não são isolados”, diz um comunicado do Diretório Acadêmico e do Núcleo de Apoio e Discussão de Gênero e Sexualidade (Nugens). “O machismo ocorre corriqueiramente e mal percebemos tais atitudes. Isso deve cessar!”, completa a nota.
A polícia ainda procura o autor do crime, que abandonou um carro durante a fuga. Segundo testemunhas, ele teria namorado a estudante por cinco anos e não aceitava o fim do relacionamento. Maria Júlia foi esfaqueada pelo menos 15 vezes e seu corpo será sepultado em General Salgado, no interior paulista, cidade onde reside sua família.
Maria Júlia não foi a única vítima de violência no interior do Estado nas últimas horas. Duas mulheres foram encontradas mortas na tarde desta segunda-feira, em uma fazenda em São José do Rio Preto.
Eliana Costa, de 56 anos, e Clarice Thome de Souza Costa, de 59, eram cunhadas e apresentavam ferimentos na cabeça. A polícia investiga o caso e tenta chegar ao autor do crime. Antes delas, pelo menos outras cinco mulheres também foram assassinadas em cidades paulistas nos últimos três dias.
Autor: Rene Moreira, especial para a AE
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