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Corte de gratificação revolta servidores do Legislativo de Arapiraca

28/04/2018
Corte de gratificação revolta servidores do Legislativo de Arapiraca

graça lisboa 02

A Assembleia geral realizada na manhã desta sexta-feira (27) no plenário da Câmara Municipal de Arapiraca foi marcada pela indignação e revolta de servidores da Câmara Municipal de Arapiraca ativos e inativos. No encontro, a presidente da Casa anunciou o corte de vantagens anuais dos funcionários ativos e inativos para beneficiar 160 assessores dos 17 vereadores. Os assessores recebem do Poder Legislativo R$ 267.322 mensal do orçamento da Casa. O repasse do duodécimo mensal da Prefeitura de Arapiraca é superior a um milhão de reais.

Cada um assessor percebe mensalmente dos cofres públicos entre R$ 1.300 a R$ 2.000, não fizeram concurso e não têm carteira assinada, enquanto os 50 funcionários ativos e inativos ganham ao todo R$ 167.340, cem mil reais a menos e fazem o trabalho de apoio legislativo da Casa.

Os servidores qualificados com carteira assinada, concursados e efetivos estão prejudicados, com corte em seus vencimentos, devido a uma manobra dos vereadores que pagam gratificação e salários aos seus protegidos, além de eliminar a prática do concurso público, para prestigiar a ilegalidade, desabafou um servidor que pediu para não ter seu nome mencionado.

Com esse sistema ilegal de trabalho, os vereadores arapiraquenses com a complacência da Mesa Diretora estão extinguindo da Câmara de Arapiraca a figura do servidor concursado, para beneficiar exclusivamente pessoas desqualificadas, sem vínculo empregatício desabafou um servidor.

A vereadora Graça Lisboa com essa decisão, eliminou os aumentos anuais dos servidores ativos e inativos, que eram de 10% e fixou uma gratificação de 4% ao ano. Os funcionários recusaram a proposta e baixaram a reivindicação para 6%.

Uma próxima assembleia foi marcada para a próxima sexta-feira (04) com o objetivo de debater o assunto em sua fase final. Caso a presidente da Casa não concorde, os servidores vão à Justiça reclamar do Ministério Público Estadual (MPE) uma tomada de providência. De acordo com a presidente da Associação dos Servidores da Câmara de Arapiraca – (Ascama) Cristina Albuquerque, que presidiu a assembleia na manhã desta sexta-feira ((27) na Câmara de Vereadores.