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IPCA-15 mostra evolução ainda favorável dos preços de alimentos, diz BC
O chefe do departamento econômico do Banco Central, Tulio Maciel, afirmou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de fevereiro, divulgado nesta sexta-feira, 23, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra uma evolução ainda favorável dos preços dos alimentos. Eles estão subindo, mas de forma menos intensa do que seria esperado para esta época do ano, disse ao Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), após fazer apresentação em Belém, nesta sexta-feira, das estatísticas de atividade econômica regionais.
“Para essa época do ano, os preços deveriam estar subindo em ritmo mais significativo. Tem uma sazonalidade muito clara para a alimentação”, disse ele, destacando que neste começo de ano, fatores como as chuvas costumam afetar os preços. Mas nos números divulgados nesta sexta, este movimento está menos intenso do que os efeitos sazonais fariam esperar.
Após a forte queda no ano passado, a tendência é que os preços dos alimentos voltem para uma trajetória mais normal em 2018, disse Maciel, refletindo, entre outros fatores, a previsão de menor safra agrícola este ano do que a de 2017. “Por ora, isso está acontecendo de forma muito lenta”, disse ele. O IPCA-15 subiu 0,38% em fevereiro, a segunda menor alta desde a implementação do Plano Real, em 1994.
O executivo do BC destaca que os preços comportados dos alimentos é algo especialmente favorável para as famílias, sobretudo as de menor renda, onde esses itens chegam a representar 40% dos gastos. Com isso, essas famílias têm uma folga no orçamento e podem direcionar recursos para outros bens.
Durante a parte de perguntas e respostas em sua apresentação, Maciel foi perguntado sobre o comportamento da economia neste começo de 2018. Ele ressaltou que a projeção do BC é de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,6%, conforme consta no Relatório Trimestral de Inflação divulgado no final do ano passado.
O Boletim Focus, que reúne as previsões dos mercados, já mostra previsão maior (+2,8%), disse ele. A perspectiva do BC é que este crescimento seja disseminado entre as diversas regiões do Brasil.
Autor: Altamiro Silva Junior, enviado especial
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