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MP recorre de decisão que concedeu liberdade a prefeito de Maribondo, AL

16/10/2017
MP recorre de decisão que concedeu liberdade a prefeito de Maribondo, AL

Ministério Público Estadual (MP-AL) entrou com um recurso nesta segunda-feira (16) contra a decisão que pôs em liberdade o prefeito de Maribondo, Leopoldo Pedrosa (PSB). Ele foi solto no último dia 3, após o Tribunal de Justiça (TJ-AL) revogar a prisão preventiva.

Pedrosa estava preso desde o dia 28 de junho. Ele foi acusado de agredir a ex-esposa, Meiry Emanuella, e a sogra. O prefeito ganhou liberdade no mesmo dia do julgamento, e saiu do presídio com uma tornozeleira eletrônica. Ele voltou ao cargo no dia seguinte.

Na época do julgamento, a defesa do prefeito afirmou que a agressão foi por legítima defesa, e que não havia provas para mantê-lo encarcerado. Como também disse que ele estava separado da mulher e que, no momento da agressão, ela o procurou para que ele assinasse um cheque em branco.

“Ela estava quebrando o carro dele e ele a segurou para contê-la, por isso as marcas no braço que ela ficou. Com relação à mãe [da esposa], ela o agrediu com uma vassoura e ele a empurrou para se defender”, justificou o advogado Raimundo Palmeira.

Para o procurador-geral Alfredo Gaspar e o promotor de Justiça Luciano Monteiro, que entraram com o recurso, o prefeito tem um histórico recorrente de agressão. Eles afirmam que as vítimas foram agredidas por Pedrosa em 2015, e medidas protetivas foram decretadas. Em 2017, ele voltou a agredir a ex-esposa.

“Ocorre que, pelo que consta nos autos, novamente o representado voltou a agredir as vítimas em junho de 2017, e dessa vez, a Sra. Meiry Emanuella chegou a desmaiar de tão forte que foram as agressões, conforme pode ser observado nos documentos acostados aos autos. Afora essas agressões, o representado responde a ação penal perante esta Corte de Justiça, pela prática dos crimes de embriaguez ao volante e uso de documento falso, processo no qual a sua prisão foi substituída por medidas cautelares diversas da restrição de liberdade”, diz um trecho do embargo.