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Ministro da Saúde participa da 2ª Conferência de Saúde das Mulheres

18/08/2017
Ministro da Saúde participa da 2ª Conferência de Saúde das Mulheres

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, participou, nesta quinta-feira (17), da abertura da 2ª Conferência de Saúde das mulheres em Brasília (DF). Organizada pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), a Conferência traz como tema “Saúde das Mulheres: desafios para a integralidade com equidade” e tem como objetivo propor diretrizes para a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher. O evento acontece até domingo (20), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.

“Tivemos avanços importantes na assistência à saúde da mulher no SUS, mas ainda há muito no que avançar. Precisamos ampliar nossos serviços, capacitar os profissionais para que possam garantir mais acesso e mais respeito no atendimento. Precisamos dialogar para que possamos melhorar e qualificar as políticas públicas que são voltadas para a saúde da mulher. O acesso deve ser integral, eficiente e igual para todas”, destacou o ministro Ricardo Barros.

Na conferência, serão realizados debates e articulações com relação às políticas públicas voltadas à saúde da mulher. As propostas, discutidas por aproximadamente 70 mil participantes em conferências municipais, macrorregionais, estaduais e livres, devem compor o Relatório Nacional, que contribuirá para a revisão da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres.

Durante o evento, o ministro da Saúde apresentou os avanços da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), dividida em seis eixos prioritários: Fortalecimento da Saúde Sexual e Reprodutiva; Atenção Obstétrica; Atenção às Mulheres em Situação de Violência; Atenção Oncológica; Atenção Ginecológica e Climatério, e Populações Específicas e Vulnerabilizadas.

Entre os avanços, o Ministério da Saúde lançou, em março deste ano, publicação inédita das diretrizes de assistência ao parto normal no Brasil. É a primeira vez que a pasta constrói um documento com essa finalidade, baseado em evidências científicas e que serve de consulta para profissionais de saúde e gestantes. A partir deste documento, toda mulher terá direito a definir o seu plano de parto, que trará informações como local onde será realizado, orientações e benefícios do parto normal.

Essas medidas visam o respeito no acolhimento e mais informações para o empoderamento da mulher no processo de decisão ao qual tem direito. Assim, o parto deixa ser tratado como um conjunto de técnicas, e sim como um momento fundamental entre mãe e filho. Em 2016, foram realizados cerca de 1,1 milhão de partos normais e aproximadamente 793 mil cesáreas no SUS.

Ainda em março, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, o Ministério da Saúde também anunciou a ampliação do acesso ao Dispositivo Intrauterino de Cobre (DIU) nas maternidades brasileiras, após o parto e pós-abortamento. A medida visa garantir os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres. O DIU já é ofertado nas unidades básicas de saúde para mulheres, incluindo adolescentes.

OUTRAS AÇÕES – Atualmente, existem 229 serviços de referência para Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual, além da capacitação de 478 profissionais para coleta de vestígios de violência sexual de 65 estabelecimentos de saúde em todos os estados.

Na área da oncologia, o país conta com 299 serviços, onde as mulheres podem realizar procedimentos de prevenção – como mamografia, Papanicolau – e de tratamento, com radioterapia, quimioterapia e cirurgia oncológica. Há também 845 laboratórios no Programa de Qualificação Nacional na Prevenção do Câncer do Colo do Útero (QualiCito), e a oferta da vacina contra HPV para meninas na faixa de 9 a 15 anos.

Por Nicole Beraldo, da Agência Saúde
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