Política
Regime de exceção: Prisão de Lula preocupa PT, diz líder do partido
Quase duas semanas após a divulgação da lista dos políticos com foro privilegiado que passam a ser investigados na Operação Lava Jato, os partidos políticos ainda tentam se recompor.
O PT, um dos mais atingidos ao lado de PSDB e PMDB, observa também um ex-ministro de um governo seu dizer que pode apresentar fatos novos para as investigações e aguarda o depoimento que seu principal membro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), irá prestar à Justiça Federal em Curitiba em 3 de maio.
Para o líder do PT na Câmara, o deputado federal Carlos Zarattini (SP), os efeitos da “lista de Fachin” foram mais fortes contra seus adversários. “Essa lista praticamente destruiu o PSDB e o PMDB”, disse ao UOL. Zarattini, que passou a ser alvo de dois inquéritos, defende que as delações contra membros do PT não apresentam provas.
Por isso, ele acredita que não há razão para que Lula seja preso. “Mas, como nós estamos vivendo um regime de exceção, Lava Jato tem autorização para fazer o que bem quiser, nos preocupa, sim”.
Em entrevista ao UOL, Zarattini disse não ver problemas no fato de Antonio Palocci, ex-ministro dos governos de Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), elogiar, em depoimento, o juiz Sergio Moro, responsável pela Lava Jato, e ainda sinalizar que tem novas provas que poderão dar “mais um ano de trabalho” para os investigadores.
Ao contrário do colega de partido, o líder do PT é um crítico de Moro: “a gente pode esperar qualquer coisa desse juiz”.
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