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Novidades prometem emocionar o público na encenação da Paixão de Cristo de Palmeira dos Índios

05/04/2017
Novidades prometem emocionar o público na encenação da Paixão de Cristo de Palmeira dos Índios
Ensaios são diários, para garantir qualidade das apresentações (Foto: Assessoria)

Ensaios são diários, para garantir qualidade das apresentações (Foto: Assessoria)

Muitas serão as novidades na encenação na 15ª edição da Paixão de Cristo, que acontece nos dias 13, 14 e 15, no Cristo do Goiti, localizado no alto da serra de Palmeira dos Índios. A começar pelos atores, que são todos da terra. A exceção é o responsável pela parte cênica, Diorges Albuquerque, natural de Garanhuns, mas que, há muitos anos, participa da peça na cidade.

No total, 15 pessoas estão envolvidas no espetáculo, que conta a morte e ressurreição de Jesus Cristo, crucificado no Monte das Oliveiras, na cidade antiga de Jerusalém, em Israel. A Páscoa é a mais importante celebração cristã e vivida com muita intensidade em várias cidades do País com maior número de católicos do mundo.

 Fazem parte do elenco artistas envolvidos com a direção, coordenação, coreografia, iluminação, logística, figurino e maquiagem. Desde o dia 1º, eles vêm ensaiando de segunda a sexta-feira na Casa de Eventos Aquarius, das 19 às 22 horas; aos sábados, na sede da Companhia, localizada à rua Marechal Gomes, e, aos domingos, na Escola Municipal Gerson Jatobá. O diretor geral da peça, Alex Ricardo, diz que a opção pelo grupo local foi do prefeito Júlio Cezar.

Ele conta que os ensaios têm que ser diários e repetitivos, justamente porque boa parte do elenco não encena durante o ano inteiro. “Pode-se ter até um bom cenário, mas são as expressões faciais e corporais que atraem e prendem o público”, explica, adiantando que, no espetáculo deste ano, serão inseridas novas cenas às que vêm sendo apresentadas desde 2003.

No total, nove cenários, incluindo os quatro palcos, serão montados no alto do morro, aos pés do Cristo de Goiti. “Nossa ideia, e acreditamos que a do prefeito também, é a de atrair e resgatar os visitantes dos municípios vizinhos, nessa reconquista do espetáculo que, este ano, ressurge com mais empenho, mais brilho e, certamente, mais emoção”, alega.

“FRIOZINHO NA BARRIGA”

Alex Ricardo diz que não é somente o público que se emociona com as cenas que retratam a Paixão de Cristo. “Nós, também, sentimos aquele friozinho na barriga, justamente em função da expectativa gerada em torno do tempo que dispendemos nos ensaios, a vontade de que dê tudo certo, da maneira como prevemos, planejamos e trabalhamos com tanto empenho”, revela. Este ano, ele vai trabalhar apenas como diretor, mas já encenou Satanás, profeta e Herodes, em Palmeira dos Índios; sacerdote, em Arapiraca, e Judas, Felipe e Pedro, na Cidade de Maria, em Craíbas.

Outra inovação deste ano será nos trajes da personagem de Maria. “Acrescentamos o vermelho no figurino de Maria, como uma forma de homenagear a padroeira da nossa cidade, Nossa Senhora do Amparo”, relata.

O diretor, que já assistiu ao renomado espetáculo Paixão de Cristo em Nova Jerusalém (PE) – que está completando 50 anos –, diz que não existe competitividade entre as cidades que recebem a peça. “Cada cidade tem o seu público, sua particularidade. O personagem que interpreta Jesus este ano, na Cidade de Maria, por exemplo, é o palmeirense Jadson Ferreira. Na verdade, aprendemos uns com os outros e trocamos experiências”, reforça.

Além de trabalhar com teatro, Alex Ricardo é músico e formado em Filosofia. Na Companhia Teatral Mestres da Graça, já produziu vários espetáculos premiados, como ‘A Morte do Defunto’; ‘As 10 Mais do Córtex Cerebral’; ‘Pedaços de Nós Mesmos’ (primeira colocada no edital Alagoas em Cena, concorrendo com seis cidades) e ‘Arlequim de Carnaval’.

A Companhia integra o Projeto Pontos de Cultura, do Governo do Estado, com o apoio do Ministério da Cultura.

O horário da encenação da Paixão de Cristo deste ano também será alterado e rigorosamente cumprido, segundo acordo feito entre a Companhia e a Igreja. Os espetáculos iniciarão pontualmente às 19h30min, tendo de duas a duas horas e meia de duração. “Consideramos que, além da população local, virão muitos visitantes de outras cidades e, desta forma, queremos evitar o que acontecia anteriormente, quando o espetáculo, além de começar com muito atraso, se prolongava por parte da madrugada”, explicou.