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MP-AL deflagra operação contra fraudes fiscais em Maceió e Arapiraca

07/02/2017
MP-AL deflagra operação contra fraudes fiscais em Maceió e Arapiraca
Operação acontece em Maceió e Arapiraca (Foto: Divulgação/MP-AL)

Operação acontece em Maceió e Arapiraca (Foto: Divulgação/MP-AL)

O Ministério Público de Alagoas (MP-AL) cumpre mandados de prisão e de busca e apreensão em Maceió e Arapiraca, na manhã desta terça-feira (7). A operação “Nicotina” visa coibir crimes de fraudes fiscais praticadas por indústrias de tabaco. Duas pessoas foram presas até o momento.
Os mandados foram expedidos pela 17º Vara Criminal. Na capital, são sete alvos, onde estão sendo cumpridos quatro mandados de condução coercitiva, quatro de busca e apreensão e um de prisão. Já no Agreste são seis alvos, com cinco mandados de busca e apreensão, dois de condução coercitiva e um de prisão.

Jadievany Silva Pereira foi preso em Arapiraca. Segundo o MP, ele relatou que trabalha com consultoria de empresas. Na residência dele foram apreendidos dois veículos, um revólver, munições e vários documentos fiscais, além de RGs e certidões de nascimento de outras pessoas. Foi cumprido um mandado de busca e apreensão no escritório de advocacia de Dayzy Pereira, irmã de Jadievany. Ela também foi presa.

De acordo com o MP, o trabalho de investigação é comandado pelo Grupo de Atuação Especial em Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Conexos (Gaesf) criado no início deste ano pelo procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto. Em Arapiraca, a ação está sendo comandado pelo delegado Acácio Júnior

O grupo coordenado pelo promotor de Justiça Cyro Blatter, descobriu que uma organização criminosa, que comercializa cigarros de origem estrangeira, atua em 15 estados e, por meio de negociações ilícitas, faz transações que impedem o recolhimento de impostos em todas as unidades onde o esquema existe.

As empresas Quality In, Agreste Comércio de Tabaco e WRT Lacerda, sendo as duas últimas localizadas no município de Arapiraca irão receber multa de R$ 534 milhões.
“Na verdade, elas já foram montadas, desde o princípio, para a prática de fraudes fiscais, inclusive, com a participação de outras empresas de fachadas.

O prejuízo é milionário, mas ainda não podemos dar muitos detalhes porque essa é apenas uma etapa das investigações.

Com os depoimentos que serão colhidos, vamos aprofundar a apuração”, explicou Cyro Blatter, acrescentando que o está sendo investigado é o prejuízo causado a partir do ano de 2013.
A ação conta com o apoio da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) e da Polícia Civil.