Política

Heloisa Helena condena indicação de envolvidos em ‘patifarias sob investigação’

08/02/2017
Heloisa Helena condena indicação de envolvidos em ‘patifarias sob investigação’
Nas redes sociais, Heloisa Helena diz que está entre os que torcem contra a indicação do ministro de Temer (Foto: jairnofre)

Nas redes sociais, Heloisa Helena diz que está entre os que torcem contra a indicação do ministro de Temer (Foto: jairnofre)

A ex-senadora, ex-deputada estadual e ex-vereadora Heloisa Helena, se utilizou das redes sociais, nesta terça-feira, 08, para criticar o que ela chamou de ‘curriola seletiva – a direita e à esquerda’, ao definir, entre outras medidas, a indicação ao STF, do então ministro da Justiça do governo Michel Temer, Alexandre de Moraes. “Não falarei do cretinismo do indicado pelo Temer, mas da vergonhosa indicação do “seu” ministro da mesma vergonhosa forma que fez FHC (indicando “seu” Advogado Geral da União) e Lula (indicando “seu” advogado de campanha, “seu” Advogado Geral da União, “seu” candidato a Deputado pelo PT)… e todos eles (e outros mais já tinham feito) indicaram os “seus” quando estavam mergulhados em patifarias sob investigação”, analisa.

Heloisa Helena lembrou que o ex-presidente da República, o tucano FHC, quando estava envolvido na privataria tucana; Lula, no mensalão petista e, agora, Temer, na Lava Jato do propinódromo multi-partidário. “Assim sendo, estou entre os que torcem contra a indicação do ministro do Temer, mas sem esconder o que aconteceu de vigarice, cinismo e oportunismo em FHC, Lula, Temer… simples assim!”

Entre novembro de 2006 e agosto de 2009, Alexandre de Moraes (PSDB), comprou uma série de imóveis de alto padrão, como apartamentos de andar inteiro e terrenos em um condomínio luxuoso. O período coincide com o intervalo entre sua saída do governo Geraldo Alckmin (2005), a atuação no Conselho Nacional de Justiça e parte do tempo em que foi secretário do então prefeito Gilberto Kassab (2007-2010), em São Paulo. Naquele período, o tucano adquiriu oito imóveis que, pelos valores declarados nas escrituras, somaram R$ 4,5 milhões, sem correção monetária – lembrando que o valor de face das certidões registradas em cartórios de São Paulo e Minas Gerais é inferior ao valor praticado no mercado, de acordo com corretores.

“Com a escolha de um ministro filiado ao PSDB e amigo dos tucanos para julgar adversários políticos odiados pelo PSDB, como no caso do PT, parece que chegamos ao fundo do poço, se é que esse poço tem fundo. Mas esperar o quê de Michel Temer, “presidente” que deu o golpe para chegar ao poder e entrou no Planalto pela porta dos fundos?”, questionou.