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Seis vigias fazem segurança noturna do Maracanã após furtos no estádio
Os furtos num Maracanã às escuras provocam onda de lamentações e preocupações na sociedade carioca e no mundo do futebol. Dois bustos roubados – do jornalista Mário Filho, que dá nome ao estádio, e do ex-prefeito do Rio Mendes de Morais -, duas TVs e mais alguns acessórios foram levados de dentro de um complexo esportivo abandonado. No início da madrugada desta quarta-feira, havia número maior de vigias no Maracanã.
Na escuridão do estádio, que só não é maior pelos postes que iluminam a pista de cooper em volta do Maracanã, é possível contar seis vigias em dois portões. Um no portão 10, na Rua Eurico Rabelo. Outros cinco na Radial Oeste, próximo ao portão 2. Em motos e num carro particular, os profissionais contratados pela empresa Sunset fazem ronda pelo estádio.
Segundo a Assessoria de Comunicação da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, estão sendo apuradas na 18ª Delegacia de Polícia (na Praça da Bandeira) furtos realizados nesta segunda-feira no Maracanã. Já foi realizada perícia no local. A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro denunciou os furtos nessa terça-feira. Nesta tarde, a Ferj se reúne com empresas responsáveis pela manutenção do estádio. No próximo dia 17 – terça que vem -, a federação carioca tem encontro com clubes do Rio para discutir propostas e eventuais soluções para operar, ao menos temporariamente, o Maracanã.
Veja abaixo as notas da Concessionária Maracanã e do Governo do Estado:
“A Concessionária Maracanã S.A. reitera que em 30 de março de 2016 foi assinado um Termo de Autorização de Uso (TAU) entre e governo do Rio de Janeiro e o Comitê Organizador repassando o estádio e o ginásio do Maracanãzinho ao Rio 2016, incluindo o acervo histórico de exposição que fica no estádio. Este acervo histórico, no entanto, passou para a responsabilidade da Suderj (Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro) em junho de 2016, conforme protocolo anexado, permanecendo assim até o momento.
O Termo de Autorização de Uso é um contrato que disciplina as regras para o chamado período olímpico e prevê que as instalações devem ser entregues exatamente da forma como foram repassadas ao Rio 2016. O complexo deveria ter sido devolvido à concessionária em 30 de outubro de 2016, o que não ocorreu em função de dezenas de não conformidades já relatadas ao Rio 2016 e ao governo do estado. Entre elas estão a falta laudos que atestem a integridade da cobertura e do gramado, a mudança na numeração das cadeiras, a falta de assentos e de equipamentos de segurança como as catracas eletrônica, televisões e móveis, além de mais de uma centena de equipamentos como portas e corrimãos quebrados.
A concessionária esclarece ainda que, de acordo com o TAU, todas intervenções feitas pelo Rio 2016 para atender às exigências do Comitê Olímpico Internacional não isentam o Comitê da obrigação de fazer a manutenções necessárias ao Maracanã e no Maracanãzinho e entregá-los da forma como receberam em março de 2016.
A concessionária Maracanã S.A reitera que só solicita o cumprimento dos termos do contrato”.
“O Governo do Estado do Rio de Janeiro foi informado do furto pelos órgãos de segurança e adotará as medidas legais e contratuais cabíveis. Cabe ressaltar que o Complexo Maracanã, conforme contrato vigente, está sob responsabilidade da Concessionária.”
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