Geral

Helvio Auto realiza preenchimento facial em pacientes soropositivos

22/11/2016
Helvio Auto realiza preenchimento facial em pacientes soropositivos
Equipe de Dermatologia do Hospital Helvio Auto realiza técnica de preenchimento facial em paciente com lipodistrofia (Foto: Ascom/Helvio Auto)

Equipe de Dermatologia do Hospital Helvio Auto realiza técnica de preenchimento facial em paciente com lipodistrofia (Foto: Ascom/Helvio Auto)

A equipe de Dermatologia do Hospital Escola Dr. Helvio Auto (HEHA) oferece o tratamento de preenchimento facial para pacientes soropositivos que estejam incomodados com os aspectos causados pela lipodistrofia.

A lipodistrofia é um efeito colateral causado pelo uso prolongado de medicamentos antirretrovirais, marcado por alterações na distribuição de gordura no organismo, geralmente com atrofia do tecido gorduroso nos braços, pernas, nádegas e na face.

A presença de sulcos na face, pela atrofia do tecido gorduroso, incomoda muitos pacientes soropositivos atendidos pelo Serviço de Assistência Especializada (SAE) do Hospital Escola Dr. Helvio Auto, o que os levam a procurar o procedimento.

O procedimento realizado pela equipe de Dermatologia do hospital é feito com o polimetilmetacrilato (PMMA), um material preenchedor de volumes de tecidos. A técnica também é chamado por alguns profissionais de bioplastia.

“Normalmente, realizamos o preenchimento em pacientes soropositivos que pertencem ao Serviço de Assistência Especializada (SAE) do Helvio Auto. Geralmente, durante as consultas regulares, eles se queixam aos médicos infectologistas do aspecto que a lipodistrofia apresenta, principalmente no rosto. Então, eles são encaminhados para nós e recebem detalhes do tratamento”, explicou a dermatologista Elvira Assumpção.

O polimetilmetacrilato é um preenchedor de duração prolongada, de caráter definitivo, mas, dependendo do caso, é fundamental a realização de várias sessões, uma vez que, às vezes, não é possível corrigir tudo numa só aplicação, seja por causa do grande volume da lipodistrofia ou por questões de segurança do paciente.

Elvira Assumpção chama a atenção para um fator importante do tratamento: a recuperação da autoestima dos pacientes.

“Tem paciente que diz que não gosta nem de sair de casa por causa da lipodistrofia facial acentuada. Eles dizem que se sentem estigmatizados, como se as pessoas na rua fossem saber que eles têm a doença por causa da aparência. Então, este procedimento ajuda na reconstrução da autoestima do paciente, contribuindo para a melhora na sua qualidade de vida”, enfatizou a dermatologista.

No Hospital Escola Dr. Helvio Auto, o tratamento no momento é só feito para lipodistrofia facial, mas a equipe de Dermatologia tem a intenção de também realizar o procedimento em outras regiões do corpo também atingidas.

“É importante que todos os profissionais de saúde que atendam pacientes com HIV, não só os médicos, divulguem para seus pacientes que o SUS disponibiliza essa opção de tratamento, pois muitos soropositivos não sabem nem que esse tipo de procedimento existe”, conclui a dermatologista Elvira Assumpção.