Cidades

Empresa Palmeirense fecha as portas depois de atuar quase 65 anos no setor de transportes

07/11/2016
Empresa Palmeirense fecha as portas depois de atuar quase 65 anos no setor de transportes
Expresso Palmeirense sai de circulação por determinação da Arsal. (Foto: João Paulo Clarindo)

Expresso Palmeirense sai de circulação por determinação da Arsal. (Foto: João Paulo Clarindo)

A empresa de transportes Palmeirense, que pertence à família do empresário Manoel Genário Souza, falecido em dezembro de 2014, fechou suas portas após quase 65 prestando serviços aos passageiros que precisavam, diariamente, utilizar os ônibus que faziam as linhas Palmeira-Maceió-Palmeira, e também Palmeira-Quebrangulo.

O fechamento da Palmeirense, que tem a sede em Palmeira dos Índios, se deu após uma determinação da Agência Reguladora de Serviços Públicos de Alagoas (Arsal), que explicou que a empresa está saindo das linhas por não cumprir o mínimo determinado pela Agência, que é realizar vistorias para levar mais segurança aos passageiros.

A Arsal disse que vinha concedendo prazos para a empresa se adequar, melhorar e vistoriar sua frota com o único intuito de garantir segurança a população. “No entanto, a empresa infelizmente decidiu não se adequar. Inclusive, são admitidos no sistema carros de até 10 anos de uso. Agora, para transportar pessoas, os veículos tem que ter um mínimo de segurança (vistoria pelo menos). Até porque são transportadas vidas”, disse em nota a Agência.

 José Genário Souza, o Genarinho, disse que está afastado da direção da empresa, mas que em nenhum momento a Palmeirense quis que os ônibus deixassem de circular ou mesmo fechar as portas da empresa. “A empresa está sendo administrada pela minha irmã Vânia Souza e meu sobrinho Gilvan Souza. Os ônibus tinham poucos passageiros e enfrentavam problemas por isso. Tem também a questão de segurança nas estradas. Mas não foi uma decisão da Palmeirense de fechar as portas. Isso significa desemprego para as famílias que lá trabalham e que dependem desse salário para sobreviver. Ainda está sendo estudado o que realmente vai ser feito”, explicou.