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PC cumpre decisão da 2ª Vara de Marechal contra acusados de estelionato

27/10/2016
PC cumpre decisão da 2ª Vara de Marechal contra acusados de estelionato

As Polícias Civil e Militar cumprem mandados de prisão, condução coercitiva e busca e apreensão, na manhã desta quinta-feira (27), em cumprimento a decisão do juiz Hélio Pinheiro, da 2ª Vara Cível e Criminal de Marechal Deodoro. A operação investiga uma quadrilha que estaria praticando estelionato por meio da venda de terrenos sem sequer possuí-los.

A vereadora Larissa Ruana Pereira Lopes de Sena, de Marechal Deodoro, está entre os acusados e deve prestar depoimento por condução coercitiva; além do seu pai, João Reinaldo de Sena, que teve a prisão preventiva decretada. Eles são acusados de associação criminosa, estelionato e desmembramento irregular do solo urbano.

O presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Militares de Alagoas (Assmal), Theobaldo de Almeida, também deve ser conduzido coercitivamente para depor.

“Várias pessoas humildes perderam todas as suas economias apostando em um sonho que virou pesadelo, havendo indícios de que os investigados causaram um prejuízo de dois milhões de reais às vítimas”, observou Hélio Pinheiro na decisão. A Polícia Civil afirma que o dinheiro era utilizado para financiamento de campanhas políticas.

A ação do grupo criminoso ocorreria em dois loteamentos. João Reinaldo de Sena lideraria as atividades no loteamento Jeová Jireh. Três filhas de Reinaldo auxiliariam na elaboração dos contratos e recebendo os pagamentos: a vareadora Larissa Ruana, Lídia Juliana Pereira Lopes Sena e Luana Cristina Pereira Lopes Sena.

No Loteamento Acauã, a ação seria comandada por Eronildo dos Santos Costa. O subtenente Theobaldo de Almeida teria levado para conhecer esse empreendimento seus colegas associados da Assmal.

Além de João Reinaldo, foi decretada a prisão preventiva de Eronildo dos Santos Costa, José Paulo Roque de Arcanjo, Ycaro Roque Santos de Archanjo e José Luiz Da Silva.

Os mandados de condução coercitiva têm com alvo, além dos já mencionados, Lidia Juliana Pereira Lopes Sena, Luana Cristina Pereira Lopes Sena, Walter Torres da Cunha, e uma pessoa identificada até o momento apenas por “engenheiro Toni”.

Foi determinada busca e apreensão em quatro residências onde moram seis dos acusados, inclusive da vereadora Larissa Ruana e seu pai.

“O perigo de os investigados permanecerem soltos está evidente, pois já vendem terrenos há pelo menos dois anos e mesmo após as investigações, agora em 2016, eles continuam anunciando os terrenos para venda”, destacou o juiz Hélio Pinheiro.