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CRB sofre empate do Paysandu nos acréscimos

24/07/2016
CRB sofre empate do Paysandu nos acréscimos
Galo teve um gol mal anulado pelo árbitro Sandro Meira Ricci

Galo teve um gol mal anulado pelo árbitro Sandro Meira Ricci

Com um gol de Domingues aos 47 minutos do segundo tempo, o Paysandu buscou o empate com o CRB por 2 a 2, neste sábado, depois de sair perdendo por 2 a 0 mesmo atuando no estádio da Curuzu, em Belém. Este jogo fechou a 17.ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B e teve um resultado justo pela valentia do time paraense em recuperar o prejuízo.

O Paysandu está agora invicto há 10 jogos na competição e mais dois na Copa do Brasil, mas o goleiro Emerson foi vazado após 1.105 minutos sem buscar a bola nas redes. Com 21 pontos, o clube do Pará ocupa a 14.ª posição, contra 32 do CRB, que perdeu uma posição para o Ceará, que foi a 33, e fica com a terceira posição, mas dentro do G4 – a zona de acesso.

Logo nos primeiros momentos do jogo ficou nítida a intenção de cada time. De um lado o Paysandu, com três atacantes, disposto a usar da pressão para marcar seu gol. Do outro o CRB esperando o erro do adversário e armado no 4-4-2. A primeira grande chance do time paraense aconteceu aos 18 minutos, quando Rafael Costa arriscou chute de longe e Júlio César fez grande defesa ao saltar no chão e mandar a bola para escanteio.

Mas o visitante foi fatal. Aos 28 minutos, em um rebote da defesa, o volante Olívio teve tempo de ajeitar a bola e chutar no canto esquerdo de Emerson. O goleiro não sofria gol há 1.105 minutos, com nove jogos pela Série B e mais dois pela Copa do Brasil.

Talvez irritado por isso, ele perdeu a cabeça com o atacante Zé Carlos aos 32 minutos, que ficou na sua frente em uma reposição de bola. Mas quando o artilheiro do CRB já tinha saído de perto dele e deixado a área, o goleiro chutou a bola em Zé Carlos. Ela tocou nas suas nádegas e entrou no gol. Longe do lance, o árbitro Sandro Meira Ricci, com muito atraso, marcou falta do alagoano, gerando muitos protestos.

Sandro Meira Ricci é árbitro da Fifa e foi o único brasileiro a participar da Copa do Mundo no Brasil, em 2014, esteve na Copa América de 2015 e está indicado como único juiz brasileiro na Olimpíada do Rio. Depois deste lance, ele também se abalou emocionalmente e cometeu, pelo menos, mais dois erros infantis. Este foi seu primeiro jogo na Série B.

Antes do intervalo, o Paysandu ainda criou outra grande chance em uma cabeçada de Gilvan que Júlio César defendeu no chão. Esta foi a primeira vez que o técnico Gilmar dal Pozzo saiu em desvantagem com o time paraense. Tentou mudar no segundo tempo quando tirou o meia Rafael Costa e colocou o atacante Ruan, ficando com quatro homens na frente. Mas ele perdeu o domínio do meio de campo.

Mesmo assim, aos cinco minutos, o time da casa teve uma chance de ouro, quando Ruan acertou o travessão de Júlio César, que estava em noite de sorte. O mesmo não valia para Emerson, que quase falhou aos 17 minutos em uma cabeçada fraca de Zé Carlos na pequena área que ele soltou e a bola bateu na trave.

Em seguida, Zé Carlos foi substituído por Neto Baiano. A estrela do técnico Mazola Júnior brilhou porque aos 21 minutos o seu novo atacante esticou os pés na pequena área e concluiu para as redes o cruzamento de Roger Gaúcho pelo lado direito, quase na linha de fundo. Dal Pozzo tentou corrigir seu erro ao trocar o volante Ricardo Capanema por Jhonnatan. A torcida, irritada, o chamou de burro.

Aos 36 minutos, porém, Matheus Galdezani cometeu pênalti em cima de Celsinho, em um lance desnecessário. Leandro Cearense cobrou bem, deslocando o goleiro e diminuindo o placar.

Os últimos minutos foram de esperança para os paraenses e de tensão para os alagoanos. A primeira grande chance saiu aos 45 em uma cabeçada de Leandro Cearense, que Júlio César espalmou com a mão trocada no ângulo. Mas ele não segurou o chute forte de Domingues, aos 47, que deixou tudo igual.

O Paysandu volta a jogar pela Série B no próximo sábado, às 16 horas, em casa, diante do Vila Nova. Antes, nesta quarta-feira, enfrenta o Juventude, também no estádio da Curuzu, pela rodada de volta da terceira fase da Copa do Brasil – a ida foi 0 a 0. O CRB entra em campo na próxima sexta, às 19h15, no estádio Rei Pelé, contra o Brasil, de Pelotas (RS).

FICHA TÉCNICA

PAYSANDU 2 x 2 CRB

PAYSANDU – Emerson; Edson Ratinho, Fernando Lombardi, Gilvan e João Lucas; Ricardo Capanema (Jhonnatan), Domingues e Rafael Costa (Ruan); Tiago Luís (Celsinho), Leandro Cearense e Fabinho Alves. Técnico: Gilmar dal Pozzo.

CRB – Júlio César; Marcos Martins, Flávio Boaventura, Diego Jussani e Diego; Olívio, Matheus Galdezani, Gerson Magrão e Roger Gaúcho (Assisinho); Luidy (Welinton Junior) e Zé Carlos (Neto Baiano). Técnico: Mazola Júnior.

GOLS – Olívio, aos 28 minutos do primeiro tempo; Neto Baiano, aos 21, Leandro Cearense (pênalti), aos 36, e Domingues, aos 47 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS – Fernando Lombardi e Edson Ratinho (Paysandu).

CARTÕES VERMELHOS – Gilvan (Paysandu) e Welinton Junior (CRB).

ÁRBITRO – Sandro Meira Ricci (Fifa/SC).

RENDA – R$ 96.910,00.

PÚBLICO – 4.496 pagantes (8.898 no total).

LOCAL – Estádio da Curuzu, em Belém (PA).

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