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Percentual de maceioenses que bebe e dirige cai mais de 53% em quatro anos

22/06/2016
Percentual de maceioenses que bebe e dirige cai mais de 53% em quatro anos
Apenas 2,9% dos maceioenses entrevistados afirmaram dirigir após fazer a ingestão de álcool (Foto: Carla Cleto)

Apenas 2,9% dos maceioenses entrevistados afirmaram dirigir após fazer a ingestão de álcool (Foto: Carla Cleto)

Maceió foi a capital brasileira a registrar a segunda maior redução no percentual de adultos que admitem beber álcool e dirigir. De acordo com pesquisa divulga pelo Ministério da Saúde (MS), desde 2012, quando foi adotada a Lei Seca, 53,2% dos maceioenses deixaram de lado o hábito de dirigir após ingerir bebida alcoólica.

Esse percentual, ainda de acordo com a pesquisa, só é menor do que o registrado em Fortaleza, capital do Ceará (54,1%), que apresentou a maior redução do Brasil. Após a capital alagoana, aponta o Ministério da Saúde, aparece João Pessoa, capital da Paraíba, com uma redução de 51,4% e Vitória, capital do Espírito Santo, com 50,7%.

Outra boa notícia registrada na pesquisa é o fato de que apenas 2,9% dos maceioenses entrevistados afirmaram dirigir após fazer a ingestão de álcool. Em 2012, quando a primeira pesquisa foi realizada, o índice era de 6,2%. A sondagem aponta, ainda, que 2,9% dos homens maceioenses continuam assumindo mais a infração, enquanto que entre as mulheres da capital alagoana o índice é de apenas 0,1%.

Entre todas as capitais brasileiras, ainda de acordo com o Ministério da Saúde, o percentual de Maceió só é menor do que o computado em Recife, capital de Pernambuco, que corresponde a 2,6%. A sondagem foi produzida pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2015). Para isso, mais de 54 mil pessoas foram entrevistadas no Distrito Federal e nos 26 estados brasileiros.

Ações – Para o representante da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) no Comitê Estadual de Trânsito, Eloy Yanes, essa redução das pessoas que não dirigem quando bebem álcool é reflexo do aumento nas ações educativas e na efetivação da Lei Seca. “Essa pesquisa expressa o resultado de ações governamentais importantes, a exemplo do que fazemos na Sesau, por meio do Programa Saúde na Escola, onde os estudantes são orientados sobre os perigos de dirigir alcoolizado”, evidenciou.

Ele também reforçou a realização sistemática de blitze da Lei Seca organizadas pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) em todo o Estado de Alagoas. A Lei, que este ano completa oito anos, tem contribuído para mudar os hábitos dos brasileiros, em razão do maior rigor na punição daqueles que ingerem álcool e, mesmo assim, conduzem veículos automotores.

Para se ter ideia, o condutor que for flagrado alcoolizado está sujeito a multa de R$ 1.915,40, além de suspensão do direito de dirigir pelos próximos 12 meses. E caso o condutor seja reincidente, o valor da multa é multiplicado por dois.