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Contra imigração, Áustria ergue muro na fronteira com Itália

11/04/2016
Contra imigração, Áustria ergue muro na fronteira com Itália
A ministra do Interior, Johanna Mikl-Leitner, disse recentemente que "a Itália não pode contar com o fato de que [a passagem de] Brennero permaneça aberta se chegar um fluxo incontrolado de imigrantes" (Foto Heinz-Peter Bader/Reuters)

A ministra do Interior, Johanna Mikl-Leitner, disse recentemente que “a Itália não pode contar com o fato de que [a passagem de] Brennero permaneça aberta se chegar um fluxo incontrolado de imigrantes”
(Foto Heinz-Peter Bader/Reuters)

O governo da Áustria iniciou nesta segunda-feira, dia 11, a construção de uma barreira na passagem de Brennero, na fronteira com a Itália, para limitar a entrada de imigrantes vindos do país, caso seja necessário.

O chefe da Polícia local, Helmut Tomac, explicou, em entrevista à Austria Press Agency (APA), que a barreira de 250 metros irá bloquear uma rodovia.

As autoridades austríacas disseram, em diversas oportunidades, que não irão permitir a passagem de um fluxo intenso de imigrantes em busca de asilo vindos da Itália, que tem uma política de portas abertas aos deslocados.

As proteções das rodovias foram removidas, assim como seus sinais devem ser retirados, e postos de checagem serão estabelecidos no norte da fronteira a partir do final de maio.

A ministra do Interior, Johanna Mikl-Leitner, disse recentemente que “a Itália não pode contar com o fato de que [a passagem de] Brennero permaneça aberta se chegar um fluxo incontrolado de imigrantes”. “Como fizeram os países da rota balcânica, Eslovênia, Croácia e Macedônia, queremos informar também à Itália sobre as medidas que tomaremos se houver um fluxo incontrolável de imigrantes da Itália para a Áustria”, acrescentou. Só em 2015, a Itália foi porta de entrada para mais de 150 mil pessoas que fugiam das guerras, da miséria e de perseguições, especialmente, de países do norte da África, do Afeganistão e do Iraque. O país é a segunda “rota de imigrantes” pelo mar, ficando atrás apenas da Grécia – que recebeu mais de 840 mil imigrantes.