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Vigilância Ambiental fiscaliza condomínios com sistema próprio de abastecimento

17/03/2016
Vigilância Ambiental fiscaliza condomínios com sistema próprio de abastecimento
Laboratório Central de Alagoas realiza, mensalmente, 240 análises da qualidade da água (Foto: Felipe Albuquerque)

Laboratório Central de Alagoas realiza, mensalmente, 240 análises da qualidade da água (Foto: Felipe Albuquerque)

Os condomínios de Maceió que possuem sistema próprio de abastecimento de água foram fiscalizados pela Vigilância Ambiental do Estado e do Município nesta quinta-feira (17). A iniciativa faz parte de uma série de ações em torno do Dia Mundial da Água, celebrado no dia 22 de março.

Em Maceió, são 180 condomínios cadastrados que se utilizam de poço próprio, sendo que apenas 60 são regularizados e 32 estão em processo de regularização. “No caso desses outros 88 condomínios, a população precisa exigir seus direitos”, alerta o coordenador de Vigilância Ambiental de Maceió, Alex Tenório.

 

A gerente estadual de Vigilância Ambiental, Elisabeth Rocha, pontuou que os condomínios que optam por não se utilizarem da água fornecida por companhia devem atender aos mesmos critérios. O primeiro deles é a outorga (autorização) da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) para se utilizar da água com a qualidade preconizada.

“A análise mensal da qualidade da água, a desinfecção com o uso de cloro, a medição diária do cloro e apresentação semestral da qualidade do produto dos poços são os requisitos que esses condomínios com sistema próprio de abastecimento devem cumprir”, listou a gerente estadual de Vigilância Ambiental.

Mensalmente, a Vigilância Ambiental realiza a contraprova dos relatórios apresentados para atestar a qualidade da água. “Essa medida, que obedece à legislação, preza também pela saúde da população que, muitas vezes, pode se utilizar de água contaminada com nitrato e ter a sua saúde comprometida”, esclareceu Elisabeth.

Um exemplo de condomínio em que água não apresenta impurezas é o Jardim Europa, localizado no bairro Antares, arte alta da cidade. Lá, o condômino José Antônio Coelho contou que o cercado, o medidor de nível e o ponto de coleta para amostragem foram implantados para garantir a qualidade da água.

 

“A minha formação como engenheiro químico, de certo, contribui para o estudo de vazão dos poços. Assim, com a dosagem do cloro uma água mais confiável”, contou José Antônio. Pela avaliação da Vigilância Ambiental, a água não possui matéria orgânica.

“É preciso chamar a atenção dos condôminos para os riscos da água contaminada”, ratificou o coordenador de Vigilância Ambiental de Maceió, Alex Tenório. Segundo ele, caso as normas não sejam seguidas, a exemplo do condomínio Jardim América, o local é notificado, podendo até ser interditado e multado de acordo com os riscos que causou à população.

Laboratório – Em dezembro de 2015, foi implantado o Laboratório de Análise de Potabilidade de Água. Localizado no II Centro, na Praça Maravilha, o espaço é uma parceria entre a Secretaria de Saúde de Maceió e o Laboratório Central de Alagoas (Lacen).

Desde a sua implantação, o laboratório, que realizava cinco análises por dia, passou a fazer 15 coletas diárias. Os números apontam para o diferencial que o laboratório proporcionou para o avanço das investigações da qualidade da água em Maceió: mensalmente, o órgão realiza 240 análises.