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Räikkönen estreia proteção para o capacete em Barcelona

03/03/2016
Räikkönen estreia proteção para o capacete em Barcelona
Olha o Halo aí (Foto: Reprodução/Twitter)

Olha o Halo aí (Foto: Reprodução/Twitter)

Como diriam, aí fomos surpreendidos. A F1 iniciou seus trabalhos em Barcelona, na manhã desta quinta-feira (3), imersa em curiosidade quando a Ferrari apareceu com o ‘halo’ instalado no cockpit da SF16-H, guiada por Kimi Räikkönen. A equipe italiana é a primeira a testar a cobertura, ainda que parcial, da cabeça do piloto. A proteção é uma das novidades que a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) pretende introduzir nos carros a partir da temporada 2017.

O modelo usado hoje pela escuderia de Maranello foi feito em fibra de carbono e teve como objetivo apenas avaliar a visibilidade do piloto. Räikkönen afirmou é “não é tão ruim”. Ainda não se sabe se Sebastian Vettel vai também andar com o novo recurso nos treinos desta sexta-feira.

Passado o susto com o arco colocado na Ferrari, as ações na Catalunha tiveram início sob uma temperatura ambiente de 8ºC. 10ºC na pista. E Jolyon Palmer, ao volante do R.S.16 da Renault foi o primeiro a cruzar o pit-lane. A Mercedes veio logo e foi seguida pela maioria, exceto a Williams, que teve um começo tardio. Hoje, a equipe inglesa tem Felipe Massa como responsável pelos testes. A Sauber também colocou Felipe Nasr para andar no novo C35.

Mas o melhor tempo da manhã ficou, curiosamente, com Räikkönen, mas sem o ‘halo’. Depois das primeiras voltas de instalação com a proteção do cockpit, a Ferrari retirou o protótipo e pode dar início ao seu programa técnico. O finlandês andou primeiro com os pneus médios, em uma sequência bem despretensiosa.

Em seguida, mudou para os macios e aí sim saltou na tabela após 19 voltas, cravando 1min23s591. O campeão de 2007 melhoraria ainda meio segundo, andando em 1min23s009 — mesmo sem considerar o peso dos carros, vale dizer que a marca feita pelo nórdico foi 0s013 mais veloz que o melhor tempo da Mercedes de Nico Rosberg com os mesmos pneus.

Perto da hora final da manhã, a Ferrari mandou Kimi à pista com os pneus supermacios, mas o piloto não conseguiu tirar proveito da situação. O tráfego no traçado espanhol impediu uma volta limpa do ferrarista, que retornou aos boxes para buscar os ultramacios. E aí, em cima dos ‘roxos’, Räikkönen voou e registrou 1min22s785, superando em só 0s045 a melhor marca de Sebastian com os mesmos compostos. A equipe vermelha, assim como aconteceu ontem Vettel, seguiu concentrada em dar quilometragem ao carro, além da avaliação de pneus.

Logo atrás de Räikkönen, o nome que surgiu foi de Nico Hülkenberg. O alemão da Force India também deu início às atividades usando os compostos médios da Pirelli, mas foi apenas um stint curto. E não demorou em mudar para os pneus amarelos. Com eles, Hülk chegou à ponta da tabela, pouco antes de ser superado por Kimi. Mas Nico ainda resolveu andar com os supermacios e, em seguida, com os ultramacios.

A melhor voltaainda foi meio segundo mais lenta que a do líder, com os mesmos compostos. De qualquer forma, o ritmo apresentado por Nico foi bem decente e promissor ao longo da manhã.

Nico Hülkenberg, da Force India, foi o segundo pela manhã (Foto: Xavi Bonilla/Grande Prêmio)

O vencedor das 24 Horas de Le Mans ainda seria mais rápido, tudo por culpa dos ultramacios colocados também próximo do fim da manhã. Como eles, Nico virou 1min23s251, assegurando o segundo posto da classificação.

A Toro Rosso também surpreendeu nesta manhã. Depois de quase seguir à risca o modelo da Mercedes e focar na confiabilidade do STR11, a equipe de Faenza decidiu usar os compostos mais macios da Pirelli. E Max Verstappen mostrou velocidade com os grudentos pneus vermelhos em um primeiro momento. Ainda que longe da Ferrari, holandês conseguiu se colocar em terceiro, em um bom ritmo, bem colado em Hülkenberg, especialmente quand também foi à pista com os ultramacios.

A Mercedes apareceu em quarto, bem discreta. Nico Rosberg foi quem conduziu o W07 nesta manhã. De novo, os tempos de voltas não foram a prioridade dos alemães, que continuaram trabalhando em ritmo de corrida, usando somente os pneus médios. Nesta configuração, Rosberg não encontrou problemas para completar mais de 70 voltas nas primeiras três horas da manhã. E foi constantemente melhorando suas marcas antes do almoço. Por fim, fechou sua participação com 1min24s126. A esquadra bicampeã é a única que ainda não testou com os supermacios e os ultramacios.

Nasr e a Sauber também foram melhorando gradativamente seus tempos de volta ao longo das primeiras horas da manhã. O brasileiro começou o dia andando com os pneus médios, mas logo mudou para os macios, encontrando um ritmo mais veloz e constante. O giro mais rápido pela manhã veio em 1min24s768.

Fernando Alonso colocou a McLaren Honda em sexto, andando pela primeira vez com os supermacios. O espanhol chegou a liderar a sessão no início da sessão, quando já rodava com os pneus macios. O foco da equipe inglesa foi a performance.

Pouco atrás, apareceu Daniil Kvyat. O piloto da Red Bull dedicou as horas iniciais aos testes aerodinâmicos. Por isso, o RB12 apareceu todo equipado com as enormes grades, que servem de sensores para a captação de dados. Mas foi sem os apetrechos e calçado com os maios que o jovem russo alcançou o sétimo lugar.

Felipe Massa de volta ao carro da Williams (Foto: Getty Images)

Massa, por sua vez, viveu um início tardio, mas não por problemas, apenas checagens da Williams. O brasileiro só andou com os pneus médios, focando ao trabalho na confiabilidade, assim como Palmer, que ficou em nono. Aliás, o inglês quase provocou uma bandeira vermelha ao escapar da pista. Por sorte, o piloto da Renault conseguiu sair ileso da brita.

E hoje a Haas pode trabalhar e teve uma manhã produtiva, depois de perder o dia de ontem. Romain Grosjean assumiu o carro americano e completou mais de 40 voltas com os pneus médios, fechando a fase matutina em décimo, logo à frente de Pascal Wehrlein e sua Manor.