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Alunos de escolas Sesi/Senai transformam papelão em jogos educativos

03/03/2016
Alunos de escolas Sesi/Senai transformam papelão em jogos educativos
(Foto: Assessoria)

(Foto: Assessoria)

O papelão que polui as ruas das cidades em dias de feira e gera um problema ambiental para estabelecimentos como supermercados é transformado em tabuleiros de jogos divertidos e educativos nas mãos de sete alunos das escolas Sesi/Senai Ebep dos municípios de Atalaia e Marechal Deodoro.

Eles formam a equipe Tecmade e desenvolveram o projeto Madepel a partir de um desafio proposto pela organização do Torneio de Robótica First Lego League (FLL), que ocorre nos próximos dias 19, 19 e 20, em Taguatinga-DF. O grupo, juntamente com a garotada da equipe Atabótica (Sesi/Senai Atalaia), credenciou-se, durante torneio estadual, a representar Alagoas na competição nacional.
Nesta temporada 2015/2016, o FLL traz o tema Trash Trek, que estimula os estudantes a investigar problemas e buscar soluções inovadoras para o descarte de resíduos sólidos. “Durante pesquisa de campo, a turma percebeu como o papelão se acumula nas ruas e gera um problema ambiental. Então, desenvolveu este projeto. A ideia também tem um lado social, pois o que produzimos é doado a associações, orfanatos e escolas públicas, que podem aperfeiçoar seus processos educativos por meio de jogos matemáticos”, explica o professor Eduardo Cerqueira, treinador da equipe.
Confiante de que a Tecmade pode conquistar uma vaga no torneio mundial que será disputado na Alemanha, a aluna Ana Carolina, 16 anos, avalia que o projeto Madepel possui duas importantes funções. “Unimos o útil ao agradável, pois, além de darmos uma destinação correta ao papelão, ajudamos a facilitar o aprendizado da Matemática por meio de jogos educativos, que estimulam o raciocínio lógico”, explica.
O acabamento do tabuleiro produzido pela turma é de qualidade. O papelão recolhido ou doado por estabelecimentos é triturado, misturado com resina acrílica (ou cola branca) e um catalisador. Em seguida, é compactado em uma prensa artesanal e, depois de poucas horas, está pronto para receber o acabamento em machetaria.
“Quem diria que o papelão voltaria e ser usado como madeira, novamente?”, destaca Felipe Pascoalino, 17 anos, também integrante da equipe. O potencial ambiental do projeto é reforçado pelo fato de que, para produzir um tabuleiro com peças de xadrez ou dama, por exemplo, é necessário 1 kg de papelão, conforme explica Willman Maynart, instrutor do Senai Alagoas.
SOCIAL
Nesta quinta-feira, 3, a Associação dos Moradores do Salvador Lyra foi beneficiada com a entrega de peças e tabuleiros de xadrez feitos pela equipe. “Esse é um dos momentos mais marcantes do nosso trabalho”, disse o aluno Matheus Lima, 17 anos.
A associação desenvolve um trabalho com crianças e adolescentes do conjunto. “É um trabalho de prevenção que fazemos com estes jovens, para ensiná-los a trilhar os caminhos positivos da vida”, ressaltou o presidente da entidade, Emanoel Monteiro, o “Mano”.