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Passagem da Tocha Olímpica será palco para cultura nacional

05/02/2016
Passagem da Tocha Olímpica será palco para cultura nacional

A chama olímpica percorrerá todo o Brasil a partir do dia 3 de maio e, paralelamente, abrirá espaço para a exibição das mais diversas expressões culturais do País ao mundo. Atento a essa oportunidade, o Ministério da Cultura (MinC) está em processo de conveniamento com governos de capitais do Brasil para apoiar atividades de promoção cultural durante a passagem da Tocha Olímpica.

O projeto Celebrações nas Cidades do Revezamento da Tocha Olímpica destinará aproximadamente R$ 250 mil para todas as capitais brasileiras – exceto ao Rio de Janeiro (RJ), que já tem suas celebrações programadas – organizarem eventos que devem, preferencialmente, serem realizados em espaços públicos de grande circulação e divulgar cultura, arte e gastronomia locais.
“O período olímpico trará uma visibilidade planetária para a diversidade artística e cultural brasileira, e ele pode ser bem aproveitado, não apenas no Rio de Janeiro, mas em todo Brasil”, enfatiza o coordenador do Comitê Executivo de Jogos Olímpicos e Paralimpícos do MinC, Adriano de Angelis. “Nesse sentido, apoiaremos celebrações em diversas cidades onde haverá o revezamento da Tocha Olímpica. Também levaremos parte dessas atrações nacionais para um palco especial da Casa Brasil durante os meses de agosto e setembro”, informa.
Os Jogos Olímpicos serão realizados de 5 a 21 de agosto e as Paralimpíadas, algumas semas depois, entre 7 e 18 de setembro.
Além do projeto voltado para as capitais, o MinC também lançará para todas as cidades por onde a tocha irá passar – serão mais de 300 – um prêmio para a criação de obras de arte e monumentos olímpicos, além de enviar uma cartilha sugerindo abordagens possíveis para a realização de atividades culturais no período.
As abordagens sugeridas pelo MinC são todas voltadas à valorização de riquezas das próprias localidades e estão dividas em sete linhas de ação: patrimônios históricos, naturais, materiais e imateriais; cultura alimentar e gastronômica; expressões artísticas; cultura popular; espetáculos contemporâneos; expressões da cultura negra e de periferia; e artistas com deficiência.
A chama olímpica pelo Brasil
Recém-empossado secretário-executivo da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR) e ex-subchefe de Assuntos Federativos da Presidência da República, área no governo responsável pelo grupo de trabalho da Tocha Olímpica, Olavo Noleto destaca que o percurso da chama é, ao mesmo tempo, a oportunidade de levar as Olimpíadas a todo Brasil e de levar todo o Brasil ao mundo.
“Queremos que todos os brasileiros e brasileiros se sintam anfitriões do evento. E queremos que o mundo olhe a diversidade de expressões, sonhos e culturas que se apresentam no Brasil. A passagem da tocha coincidirá com as festas de São João, por exemplo, muito fortes, sobretudo, no Nordeste. Essa é uma agenda que não foi criada para os Jogos. Ela faz parte da cultura do nosso povo e a tocha vai ao encontro dela”, explicou Noleto.
O coordenador do Grupo Executivo das Olimpíadas do governo federal e secretário de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, destaca que o Brasil trabalha para aproveitar a audiência acumulada que os jogos terão, ultrapassando a casa de 5 bilhões de pessoas, consolidando uma imagem do País que perdure por anos. “Os ganhos de imagem com mídia espontânea serão gigantescos, não comparáveis a qualquer campanha publicitária paga. O potencial de divulgação do Brasil, o incremento do turismo nos anos seguintes, o crescimento do esporte nacional e a capacitação profissional em inúmeras áreas da economia são incalculáveis”, salienta.
O diretor-executivo de operações do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016, general Marco Aurelio, salienta que o percurso da tocha irá durar 95 dias no Brasil, e envolverá uma enorme caravana, incluindo “um verdadeiro batalhão” de fotógrafos, cinegrafistas e jornalistas, que produzirão inserções diárias para jornais de todo mundo, em uma operação que deve resultar em cerca de 3 mil horas de transmissão televisiva. “Quando o Rio foi eleito sede dos Jogos, isso foi capa de 250 jornais no mundo inteiro. Nunca, nenhuma Olimpíada havia alcançado isso. Então, há um apelo muito grande”, avalia.
De acordo com o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016, a tocha passará por pelo menos 330 cidades de todos os estados do Brasil, pernoitando em 83 delas, totalizando aproximadamente 12 mil milhas áreas e 20 mil quilômetros terrestres percorridos. Cerca de 12 mil pessoas se revezarão na condução da tocha, cada uma por 200 metros, em média. O processo de seleção dessas pessoas está encerrado e os escolhidos serão anunciados neste mês de fevereiro.
Como manda a tradição, a tocha será acessa em Olímpia, na Grécia. Em seguida, passará pelo Museu Olímpico, em Genebra, na Suíça, onde fará parte das comemorações do 70º aniversário das Organizações das Nações Unidas (ONU), e chegará em Brasília (DF) no dia 3 de maio deste ano. No dia 5 de agosto, a chama desembarca no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, para ascender a pira olímpica e dar início aos Jogos.