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OMS recomenda abstinência sexual no combate ao vírus zika
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou nesta quinta-feira (18/02) a todas as pessoas que retornarem de zonas afetadas pelo surto de zika que considerem um período de abstinência sexual ou usem camisinha por pelo menos quatro semanas. A recomendação foi feita em um guia intitulado Prevenção da potencial transmissão sexual do zika.
O guia afirma ainda que a recomendação também é válida para pessoas que vivem em regiões afetadas pela doença, mas, nesse caso, a organização não estipula um tempo mínimo. A orientação é baseada no fato de que a maioria das infecções pelo vírus zika é assintomática, e há a possibilidade de que sua transmissão possa ocorrer também sexualmente.
Inicialmente, as recomendações da OMS sobre o uso da camisinha eram direcionadas a grávidas, devido à suspeita de que o zika possa causar microcefalia. A organização, no entanto, ampliou essa orientação porque considera a situação uma emergência de saúde pública internacional.
No guia, a OMS pede ainda que gestantes em regiões afetadas usem camisinha ou pratiquem a abstinência sexual durante toda a gravidez. A organização defende ainda a ampliação do acesso a métodos anticoncepcionais de emergência.
“As mulheres que fizeram sexo sem proteção e não querem ficar grávidas deveriam ter acesso a serviços de contracepção de emergência”, reforça a entidade. A transmissão sexual do zika foi descrita em dois casos e foi documentada em um caso, em 2013, no qual o vírus foi encontrado no sêmen.
Reforço no combate
Um dia após a OMS lançar um plano de ação, orçado em 56 milhões de dólares para o combate do vírus, o Banco Mundial afirmou nesta quinta-feira que disponibilizará imediatamente 150 milhões de dólares para países da América Latina e Caribe em financiamentos para a luta contra o zika.
O organismo multilateral afirmou que está pronto para aumentar esse apoio caso necessário e ressaltou que o valor inicial é baseado nas demandas atuais dos países afetados e na avaliação de especialistas.
O Banco Mundial estimou ainda que o surto terá um impacto econômico sobre os países afetados. A instituição prevê para 2016 uma redução na produção econômica da região de 3,5 bilhões de dólares, o equivalente a 0,06% do Produto Interno Bruto (PIB).
O banco ressaltou ainda que a previsão é baseada em uma resposta internacional rápida no combate ao vírus e que os maiores riscos de saúde são para grávidas.
“Nossa análise enfatiza a importância de uma ação urgente para parar a disseminação do vírus e proteger a saúde e o bem-estar de pessoas nos países afetados”, disse o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim.
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