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PF faz operação para prender acusados de desviar dinheiro da Petrobras

17/12/2015
PF faz operação para prender acusados de desviar dinheiro da Petrobras

 

A operação Sangue Negro investiga o desvio de dinheiro de contratos da Petrobras para o pagamento de propina a partir de 1997 (Foto: exame.abril.com.br)

A operação Sangue Negro investiga o desvio de dinheiro de contratos da Petrobras para o pagamento de propina desde 1997 (Foto: exame.abril.com.br)

A Polícia Federal cumpre hoje (17) quatro mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão, contra suspeitos de desviar dinheiro de contratos da Petrobras com a empresa SBM Offshore, que aluga plataformas e sondas. De acordo com a PF, desde 1997, os acusados usavam o dinheiro desviado para pagar propinas.

A operação, chamada Sangue Negro, foi desencadeada mesmo antes da Operação Lava Jato, mas alguns dos alvos da ação de hoje também são investigados pela Lava Jato. Dois dos mandados de prisão, por exemplo, são de pessoas que já estão presas em Curitiba. Mandados também estão sendo cumpridos no Rio de Janeiro e em Angra dos Reis (RJ).

As buscas ocorrem nas casas dos investigados e em uma empresa do ramo de prospecção de petróleo. Os acusados respondem por crimes como sonegação fiscal, evasão de divisas, desvio de recursos públicos lavagem de dinheiro, entre outros crimes.

Segundo nota divulgada pelo Ministério Público Federal, os procuradores da República Renato Oliveira e Leonardo Cardoso de Freitas denunciaram à Justiça 12 pessoas, acusadas de participar do esquema.

SBM

A SBM atua como prestadora de serviços para empresas petrolíferas – oferece aluguel de plataformas, entre outros – e já confessou, durante as investigações da Lava Jato, ter pagado propina a funcionários da Petrobras em troca de contratos.

Em junho deste ano, o ex-representante da SBM no Brasil Júlio Faerman, suspeito de ser um dos operadores do esquema da Lava Jato, afirmou à CPI da Petrobras que garantiu “ganhos expressivos” à estatal brasileira enquanto atuava em nome da empresa holandesa.

Um mês antes, integrantes da CPI foram a Londres (Inglaterra) colher depoimento de Jonathan David Taylor, ex-diretor da SBM que denunciou supostas irregularidades em contratos assinados entre a companhia da Holanda e a Petrobras.