Política

Câmara: vereador Júlio Cezar acusa governo de perseguição; Sérgio Passarinho contesta

12/08/2015
Câmara: vereador Júlio Cezar acusa governo de perseguição; Sérgio Passarinho contesta

 

Câmara de Vereadores de Palmeira dos Índios (Foto: Lucianna Araújo)

Câmara de Vereadores de Palmeira dos Índios (Foto: Lucianna Araújo)

Durante a segunda sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Palmeira dos Índios, neste semestre, realizada hoje pela manhã (12), o vereador Júlio Cezar (PSDB), acusou a atual gestão do município de perseguir aqueles que fazem oposição ao governo. Ele contestou os vetos de projetos importantes, de sua autoria e dos vereadores Márcio Henrique (PPS) e Sheila Duarte (PT), ocorridos na semana passada.
Ele falou, também, da suposta perseguição ao radialista Cláudio André, da Rádio Farol FM, que teria sido desligado de suas funções na empresa porque fazia duras críticas ao governo de James Ribeiro (PSDB). “Ficou claro que os nossos projetos foram vetados porque fazemos oposição a este governo. Se vetaram o da Joelma Toledo, foi apenas para justificar o veto da oposição. O mesmo aconteceu com o radialista Cláudio André, que teve o programa retirado do ar por criticar o governo. Assim como ele, outras pessoas podem ser perseguidas. A imprensa tem que ser livre, a população tem que ter voz. No início do mês que vem, deixo o PSDB por não concordar com o que está aí. Eu também estou impedido de falar em algumas rádios por causa dessa perseguição, mas não vou calar a minha voz por causa disso”, afirmou.
O vereador Sérgio Passarinho, do (PMDB), líder do governo na Câmara, defendeu a administração municipal e disse que os vetos dos projetos não foram direcionados apenas para a oposição. “O projeto da vereadora Joelma Toledo também foi vetado, e ela não é da oposição. Mas esse é um entendimento seu e eu tenho que respeitar. Quanto ao radialista Cláudio André, a prefeitura se isenta totalmente de culpas pelo afastamento do mesmo na Rádio. E se o senhor se sente vetado de falar em rádios, se o senhor se sente impedido, é a pessoa mais adequada para entender como funciona o jornalismo político, por ser jornalista e já ter feito parte da assessoria de nomes importantes da política, a exemplo do governador Ronaldo Lessa”, ressaltou.
Na sessão, que foi extraordinariamente presidida pelo vereador Fábio Targino (PT), também foram votados, e aprovados, quatro Projetos de Lei. Três de autoria do vereador Júlio Cézar, e um do poder executivo municipal. Os do vereador Júlio Cezar se referem à promoção da saúde do idoso e envelhecimento saudável; a proibição do uso de carros particulares cadastrados em aplicativos fixos ou móveis para o transporte remunerado individual de pessoas, na região de Palmeira dos Índios; e a outorga do título de cidadã honorário do município de Palmeira dos Índios à empresária Rosângela Gracindo Brito.
O Projeto de Lei proposto pelo governo municipal dispõe sobre os vencimentos para o profissional de nível superior e médio, com cargos públicos da área tecnológica de engenharia, agronomia, arquitetura e veterinária. De acordo com o governo, a intenção é de adequar os vencimentos destes profissionais e fazer justiça à categoria que presta importantes serviços à população. Ao mesmo tempo, o Projeto também contempla os servidores que possuem cargo de nível técnico do judiciário.
Na votação de requerimento, o vereador Cristiano Ramos (PSC), pediu para que seja solicitado ao secretário municipal de Agricultura, informações sobre o porquê da inatividade da piscicultura da Barragem do Bálsamo, e quais as dificuldades encontradas para o funcionamento desta atividade, uma vez que o poder legislativo se compromete a intermediar diálogo junto ao governo estadual, no intuito de resolver o problema. “Cidades como Petrolina, cresceram depois que tiveram o solo irrigado. Temos solo e clima bons, e vejo o Bálsamo como o pontapé de retomada do crescimento de Palmeira, que está na agricultura e fruticultura. Precisamos ver qual o empecilho que existe para que isso funcione. Nossa cidade parou de crescer porque a agricultura e a fruticultura morreram”, finalizou o vereador.