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HGE conta com serviço para identificar pacientes internados

28/07/2015
HGE conta com serviço para identificar pacientes internados
HGE dispõe de serviço integrado para identificação, por meio a parceria entre os Núcleos do Serviço Social e o de Relações Públicas, que divulgam informações sobre o paciente na imprensa (Foto: Carla Cleto)

HGE dispõe de serviço integrado para identificação, por meio a parceria entre os Núcleos do Serviço Social e o de Relações Públicas, que divulgam informações sobre o paciente na imprensa (Foto: Carla Cleto)

Em média, três pacientes são internados no Hospital Geral do Estado (HGE), sem identificação a cada semana. E para que eles possam reencontrar suas famílias, a unidade dispõe de um serviço integrado para identificação. Por meio da parceria entre os Núcleos do Serviço Social e o de Relações Públicas, informações sobre o paciente são divulgadas na imprensa e os parentes acabam sendo localizados.
De acordo com o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), somente os socorridos com algum tipo de trauma são levados ao hospital. Os demais são atendidos pelos profissionais de saúde nos Ambulatórios 24 Horas. O técnico de enfermagem do Samu, Flávio Robson, relata que a maioria dos pacientes sem identificação são moradores de rua, alcoolizados, mal alimentados ou que sofrem algum tipo de mal súbito, como uma convulsão.
“Quando chegamos ao local, encontramos a população em cima. E muitas dessas vezes o caso não é nem para o Samu, mas a comunidade não entenderia se fizéssemos outro tipo de encaminhamento diferente do recolhimento. Então, sempre recolhemos”, afirmou Flávio.
Adriano Tenório é um desses pacientes que foi socorrido pelo Samu e levado ao HGE. O nome ainda é uma incerteza devido à falta de documentos, mas é o que ele afirmou através de gestos no leito da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Conforme o prontuário, ele foi encontrado no Bom Parto, em Maceió, com Traumatismo Crânio Encefálico (TCE) decorrente de queda, após sofrer uma convulsão.
“Quase todo dia chega paciente sem identificação. Por semana, dois ou três permanecem assim, apesar de a gente sempre buscar informações com o Consultório de Rua da Secretaria de Saúde de Maceió, Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e hospitais municipais”, ressaltou a assistente social Vânia Braga. “Quando nenhum deles consegue as informações, nós solicitamos a nossa Assessoria de Comunicação que divulgue a imprensa”, completou.
De acordo com a relações públicas do HGE, Beatriz Törres, poucos são os casos que permanecem sem identificação. “A imprensa é muito acessível, principalmente os programas policiais, sites e rádios. Eles sempre divulgam as nossas notas de utilidade pública. Mas também acontecem, infelizmente, casos como o de ‘Adriano’. A gente não desiste”, pontuou.

Caso resolvido

O paciente Adriano foi um dos que necessitaram do serviço de identificação do HGE. Internado na UTI desde o último dia 28 de junho, ele só teve a família localizada após sair da sedação e passar a respirar através de uma traqueostomia – intervenção cirúrgica que consiste na abertura de um orifício na traqueia e na colocação de uma cânula para a passagem de ar. No último dia 21 de julho, quase um mês após ter sido internado, ele respondeu algumas perguntas feitas pelos profissionais do hospital, que ajudaram na localização de seus familiares.
Conforme os gestos feitos, Adriano afirmava residir em Bebedouro, bairro de Maceió, além de informar que tinha duas filhas, Adriana e Victória; e que sua esposa se chamava Júlia. Os nomes estão em tatuagens presentes no braço e perna direitas. Ainda confuso devido aos efeitos dos medicamentos, ele não sabia informar qualquer contato telefônico, mas disse que sua mãe se chamava Rosalinda Leite da Silva e trabalhava em uma franquia do Galeto São Luiz.
Com os dados em mãos, o Serviço Social e as Relações Públicas do HGE caíram a campo para localizar a família de Adriano e, graças ao apoio da imprensa, a mãe do paciente foi localizada e passou a visitá-lo na unidade hospitalar. “Depois de procurar muito, fiquei sabendo que ele estava internado no HGE. Agora virei aqui visitá-lo sempre que possível”, disse emocionada dona Rosalinda Leite.