Trabalho dos núcleos pode melhorar produção dos pequenos agricultores alagoanos. (Foto: Ailton Cruz)

O Instituto de Terras de Alagoas (Iteral) promoveu, nesta quinta-feira (25), uma reunião com técnicos dos núcleos de atendimento do interior do Estado. Em pauta, estava a reativação dos núcleos para o atendimento ao homem do campo. Núcleo orienta pequenos agricultores na negociação com instituições financeiras, assistência agrária e demandas locais.
Segundo o diretor-presente do Iteral, Jaime Silva, os núcleos têm trabalhado apenas com questões ligadas a terra, como revisão de limites, mas não com a assistência ao homem do campo, propriamente dito.
“Nós não queremos que os núcleos deixem de trabalhar com algo que já é de obrigação deles. A nossa intenção é que essas unidades trabalhem também com o homem do campo dando assistência para a produção”, explicou o diretor.
Hoje, existem quatro núcleos espalhados pelo estado. Eles estão localizados nos municípios de Palmeira dos Índios, Delmiro Gouveia, Santana do Ipanema e, o maior deles, Arapiraca. Após o fortalecimento deles, o Iteral deve instalar um em União dos Palmares e outro em Penedo.
Para o chefe do Núcleo da Região Fumageira (Arapiraca), o engenheiro agrônomo José Washington Peroba, esse alinhamento de trabalho com o Iteral é muito importante já que, nas outras gestões, os núcleos eram esquecidos.
“Muitas vezes, o Iteral mandava equipes daqui de Maceió para resolver um problema lá em Arapiraca. Sendo que o nosso núcleo está funcionando normalmente! Nada como alguém da própria região para resolver um problema local”, pontuou o chefe do núcleo de Arapiraca.
Atualmente, 3.200 famílias são assistidas pelo instituto, sendo que 1.500 estão correndo o risco de perder suas terras por dívidas com o governo federal. Segundo o diretor presidente do Iteral, o governador Renan Filho já foi informado da situação e, junto com o instituto, está buscando alternativas para solucionar a situação desses agricultores.
“Não estamos falando em perdoar o débito, mas sim em dar a essas pessoas condições de quitar esses débitos. O produtor rural quer isso. E como podemos fazer isso? Renegociando as dívidas e dando assistência para proporcionar uma condição melhor e uma orientação”, explicou Jaime Silva.