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George Hilton abre a I Reunião do Grupo de Trabalho que elaborará o texto do Sistema Nacional do Esporte

22/05/2015
George Hilton abre a I Reunião do Grupo de Trabalho que elaborará o texto do Sistema Nacional do Esporte

ministerioInserir a população na prática esportiva, diminuir a obesidade, reduzir as diferenças dadas ao futebol com relação aos demais esportes, erradicar os obstáculos para que as pessoas tenham acesso à prática esportiva. Estas são algumas das incumbências do Grupo de Trabalho criado com a missão de formalizar um projeto de lei sobre o Sistema Nacional do Esporte e entregar o texto ao Congresso Nacional até setembro deste ano.
Nesta quinta-feira (21.05), o ministro George Hilton abriu a I Reunião do Grupo de Trabalho formado e divulgado no Diário Oficial em 17 de abril, na sede do Ministério do Esporte, localizada na 511 norte. “Este é o início de um processo muito importante. Estamos com um grupo de alto nível. Esse Sistema vai mudar o país. Ainda mais com um Grupo tão capaz como o nosso. Sabemos que esse não é o fórum final. O fórum final é o Congresso Nacional, mas estou otimista. Educação de base, educação física e uma política de nutricional. São os três pilares que vamos mandar no projeto de lei. Nosso texto será completo podem ter certeza. Os deputados Márcio Marinho e João Derly aqui presentes podem ter certeza”, avisou o ministro.
George Hilton elevou ainda mais a importância de fazer o Sistema Nacional do Esporte, o tratando como o seu grande legado. “Mais importante do que ser o ministro do Esporte na época das Olimpíadas é deixar uma legislação e com os planos decenais. Pois temos que sempre atualizar a legislação, de acordo com a evolução da nossa política esportiva como um todo. Parabenizo a todos os ministros que passaram por aqui, mas agora é nossa vez. Estamos no meio de um espírito olímpico, de um ciclo virtuoso e não podemos deixar esse momento passar. Temos pouco tempo. O trabalho é árduo, mas tenho a convicção de que vamos comemorar no final”, discursou Hilton.
Na saída do I encontro, George Hilton lembrou da goleada que o Brasil sofreu diante da Alemanha na semifinal da Copa do Mundo e bradou: “Esse é um 7 x 1 que nós vamos aplicar no sedentarismo, ociosidade dos nossos jovens e também no vácuo que existia, em que você precisava ter equipamentos esportivos método o país, nós estamos trabalhando isso, é um legado dos jogos olímpicos, a criação de uma rede nacional de treinamentos e com o sistema nós vamos ter a política, vamos ter os projetos e vamos ter os equipamentos para que a prática esportiva seja massificada”

Embasamento

Para a formação do texto final, o Ministério do Esporte fez uma grande pesquisa sobre o diagnóstico do esporte no Brasil. “Entregamos esse diagnóstico para a comissão, pois será a base da nossa discussão. Esse material identifica os grandes obstáculos que impedem que todos tenham acesso ao esporte, as desigualdades regionais, revelando o grau do desenvolvimento esportivo brasileiro. Quando fizemos esse estudo buscamos saber que sistema é esse que se tenta fazer desde 1941 até 1998, que é a Lei Pelé”, disse a presidente da comissão e diretora do Departamento e Planejamento e Gestão Estratégica do Ministério do Esporte, Cássia Damiani.
Damiani ainda falou sobre a importância do Diagnóstico para a saúde da população. “Estamos estudando o perfil do povo brasileiro quanto ao esporte. Quantos estão fora do esporte? Por que estão fora? Essas indicações baseadas na pesquisa e entregamos para o ministro. Ele achou que era de suma importância usarmos esses dados e enfrentarmos essa mudança na Lei Pelé em um sentido. Nos reportaremos ao que é de futebol na Lei Pelé e nesse novo Sistema para os outros esportes”, concluiu.

Otimismo dentro do grupo

Superintendente executivo de Esportes do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Marcus Vinícius Freire, acredita que desta vez o Sistema Nacional sairá do papel por diferentes motivos: “O ponto que acho mais importante é a discussão com os mais diversos agentes e é isso que estamos começando a fazer aqui hoje. Estou no COB há muitos anos. Fiquei dez como voluntário. Estou há cinco como executivo. Peguei sete ministros diferentes e todos tinham essa ideia, mas cada um fez de uma forma diferente. Acho que o atual o ministro, o George Hilton, está no caminho certo”, declarou Marcos Vinicius.
Ele falou que esse problema no esporte brasileiro é antigo e se mostrou feliz com o empenho de George Hilton: “Essa vontade do ministro de consertar problemas históricos é muito importante. Por exemplo, uma lei que vale para o futebol também deve valer para o tênis de mesa. Outro absurdo é considerar atletas do vôlei, do tênis, que ganham milhões de dólares por ano como não profissionais. São coisas importantes e esse formato tudo para dar certo”.
O presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Melo, falou sobre a importância da criação do Sistema Nacional do Esporte. “Acho que é importante porque é essencial ter diretrizes e bases para o esporte de uma maneira geral”, apoiou. Ele deixou bem claro que, mesmo os clubes que são conhecidos pelo futebol, é importante investir em outras modalidades. “O Flamengo é um clube que pratica onze modalidades olímpicas. Mas o mais interessante da proposta do ministro é incentivar e facilitar a prática esportiva. É fundamental para não sobrecarregar o setor da saúde mais tarde”.
Presidente da Organização sem fins lucrativos, Atletas pelo Brasil, Ana Moser, também deu seu parecer: “Esta é uma demanda de décadas do setor, é um caminho para estruturar os programas, as garantias e direitos nos diferentes territórios do Brasil. Trata-se de uma visão de todos os setores voltados para o atendimento ao esporte em todos os níveis, que é o esporte para a criança, esporte lazer, esporte amador e esporte profissional”, declarou, para em seguida completar: “Precisamos definir com clareza quem é responsável pelo o que, quais são os direitos e deveres de cada agente reconhecido neste sistema e como é que se combinam recursos. A Constituição, o Estatuto da Criança e do Adolescente que preveem o direito de todos a acesso ao esporte. O Sistema é uma ferramenta para viabilizar isso”.
Participaram da mesa principal: presidente da Comissão de Esportes da Câmara dos Deputados, Márcio Marinho, o secretário executivo do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, o ministro do Esporte George Hilton, a presidente da comissão do Grupo de Trabalho do Sistema Nacional do Esporte, Cássia Damiani e líder da Frente Parlamentar do Esporte, João Derly.
João Derly também se mostrou esperançoso de o Sistema sair do papel. “Precisamos muito disso no nosso país. O legado não é só obras, locais para práticas esportivas. Não que não sejam importantes. O fundamental é o legado de leis estruturantes do esporte. Agora é hora de consolidar leis estruturantes. Saber o que o dever de estado município, do estado e da União”, completou.