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Saúde na Escola leva informação sobre gravidez a meninas da rede pública
Presente em todos os 102 municípios alagoanos, o Programa Saúde nas Escolas (PSE), do governo federal, atua com a proposta de auxiliar na formação dos estudantes através de ações de promoção, prevenção de doenças, agravos e atenção à saúde.
O PSE atua em parceria nas três esferas administrativas, municipal, estadual e federal, sempre com alunos da rede pública de ensino. De acordo com a coordenadora estadual do programa, Lúcia Brito, o PSE promove o conhecimento dos alunos para a prevenção de doenças.
“Os alunos atuam como multiplicadores dessa informação, levando para familiares e amigos todas as informações aprendidas, realizando assim uma mudança na vida de sua comunidade”, destacou Lúcia.
A coordenadora ressaltou que o programa também atua na promoção da cultura da paz influenciando os alunos a adotarem posturas mais conscientes na vida. “O PSE fala com as crianças e adolescentes sobre todos os tipos de violência, incluindo o bullying, violência no transito, familiar e sexual”, afirmou.
Entre os assuntos de destaque abordados pelo PSE estão os problemas com drogas, álcool e tabaco, além das doenças sexualmente transmissíveis e gravidez na adolescência.
A coordenadora lembrou que estes são desafios presentes na vida dos jovens.
“Alagoas ainda registra altos índices de gravidez não planejadas em meninas em idade escolar e isso gera um impacto social grande para as famílias”, ressaltou.
Segundo informações do Sistema de Informação de Atenção Básica de Alagoas, em 2014 foram registradas mais de 54 mil gestantes com menos de 20 anos, o que representa 25% das gestações constantes no sistema.
A coordenadora explicou que apesar dos programas sociais do governo ainda existe uma carência de creches muito grande e uma dificuldade no acesso aos métodos anticoncepcionais, que são fundamentais para postergar tanto a primeira como uma segunda gestação ainda na adolescência. “A gravidez na adolescência pode aumentar a vulnerabilidade social das famílias influindo inclusive nos índices de evasão escolar”, salientou.
De acordo com a médica Martha Gomes, especializada em clínica médica de crianças e adolescentes, a Sesau realizou várias atividades para confrontar a questão da gravidez não planejada de adolescentes. Um dos exemplos citados pela médica foi a implantação da Caderneta de Saúde dos Adolescentes, criada pelo Ministério da Saúde.
Martha informa que a caderneta possibilita o monitoramento do desenvolvimento da saúde da população entre 10 e 19 anos, facilitando as ações educativas destinadas a essa faixa etária. “A caderneta atua com a prevenção, promoção e atenção à saúde e é um instrumento importante para as equipes de saúde dos municípios acompanharem os problemas e desafios enfrentados por essa parcela da população”, ressaltou Martha, ao destacar que Alagoas foi o primeiro ente da federação a implantar a caderneta em 100% dos seus municípios, proporcionando um canal de comunicação entre os adolescentes e a saúde.
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