Produção de mel em Alagoas: apicultura do Estado buscará alternativas para retomar o crescimento, ampliar o mercado e aprimorar as técnicas produtivas com evento promovido pelo Governo de Alagoas na próxima segunda-feira (Fotos: Dennis Calheiros)

Com uma produção média que já atingiu 200 toneladas de mel por ano, o segmento da apicultura alagoana busca alternativas para retomar o crescimento,  ampliar o mercado e aprimorar as técnicas produtivas.
Em função disso, e atento às demandas setoriais, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Pesca e Aquicultura (Seapa), realiza na próxima segunda-feira (16) um debate sobre desafios e alternativas para o desenvolvimento do setor.
O encontro com produtores e especialistas da área ocorre a partir das 9h, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Alagoas (Faeal), no bairro de Jaraguá, em Maceió.
Na avaliação do secretário  Álvaro Vasconcelos, a reunião setorial é a oportunidade para apontar as diretrizes a serem adotadas.
“Precisamos identificar as necessidades  de cada área para podermos direcionar as ações de governo. As políticas públicas deverão  atender às expectativas de toda a cadeia produtiva. Para isso, precisamos ouvir as prioridades dos produtores, que são os que melhor conhecem os desafios desse segmento”, observou o Vasconcelos.
Atualmente, as atividades ligadas à apicultura recebem o apoio de duas unidades do Programa de Arranjos Produtivos Locais, o APL Apicultura Litoral e Lagoas e o APL Apicultura no Sertão, que atendem aproximadamente 500 apicultores de 38 municípios. Além do mel, os produtores alagoanos também se dedicam à extração da própolis vermelha, utilizada em tratamentos medicinais e cosméticos.

 Estrutura

De acordo com o presidente da Cooperativa dos Produtores de Mel de Alagoas (Coopmel), Reginaldo Lira, que reúne 132 apicultores, a atividade já tem uma estrutura básica instalada em Alagoas, mas sofreu prejuízos causados pela estiagem nos últimos anos.
“Ainda não nos recuperamos da seca registrada em 2012. Temos mais de 20 mil colmeias despovoadas desde 2012, somente dos produtores ligados a nossa cooperativa. Estamos com uma expectativa boa para a reunião de segunda-feira. Vamos relatar os problemas ao secretário e esperamos que tudo dê certo”, disse Lira.