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Alagoas discute estratégias para reduzir o tabagismo e os males provocados pelo fumo

11/12/2014
Alagoas discute estratégias para reduzir o tabagismo e os males provocados pelo fumo
Seminário reúne especialistas em um amplo debate sobre medidas de prevenção (Fotos: Olival Santos)

Seminário reúne especialistas em um amplo debate sobre medidas de prevenção (Fotos: Olival Santos)

   Lei Antifumo, regulamentada em dezembro de 2014, proíbe fumar em ambientes fechados de todo País. Essa estratégia para redução da prevalência do tabagismo é um dos temas abordados durante o IV Seminário Alagoano de Doenças Relacionadas ao Tabaco, que iniciou nesta quarta-feira (10). A ação acontece no auditório do Conselho Regional de Psicologia (CRP/AL), localizado no Pinheiro, e prossegue até esta sexta-feira (12).
As medidas de prevenção têm ainda como estratégia a promoção da saúde, a oferta de atendimento àqueles que querem parar de fumar e o tratamento de doenças relacionadas ao tabaco, principalmente as cardiovasculares (infarto), o câncer e as doenças respiratórias (enfisema e bronquite).
Apesar de o tabagismo ser a primeira maior causa de morte evitável do fumante ativo – segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) -, a coordenadora estadual do Programa de Combate ao Tabagismo, Vetrúcia Teixeira, informou que o investimento da Saúde para o cuidado dos pacientes com doenças relacionadas ao tabaco chega a R$ 20 milhões ao ano, em Alagoas.
“O seminário vem promover a informação e o debate para que a sociedade contribua para a redução da prevalência do tabagismo em Alagoas”, pontuou Vetrúcia Teixeira. De acordo com ela, a regulamentação da Lei Antifumo é um avanço, “mas depende de a Vigilância Sanitária assumir a responsabilidade de fiscalizar e autuar”.

 Aditivos

O coordenador do Núcleo de Estudos e Tratamento do Tabagismo do Rio de Janeiro, o médico Alberto Araújo, um dos palestrantes do seminário, esclareceu sobre o uso de aditivos na produção de cigarros, que, segundo ele, dão sabores ao tabaco, iniciando assim o jovem na dependência.
“É importante que os profissionais tomem conhecimento da nova realidade, em que houve a migração da indústria do tabaco para a comercialização de outros produtos – como o narguilé e cigarro eletrônico – que nada mais é que um disfarce do ‘velho tabaco’”, explicou Alberto Araújo.
O médico alertou ainda que o narguilé, conhecido como cachimbo de água, é bastante consumido pelos jovens do Sul do País, como uma recreação, e que esses jovens não se acham fumantes. No entanto, 45 minutos de narguilé equivalem a 100 cigarros convencionais ou cinco maços de cigarro.
Também participaram do seminário, a diretora estadual de Promoção da Saúde, Eliana Padilha; o psicólogo do Hospital Escola Portugal Ramalho, Edilson Moura; e a coordenadora do Programa de Combate ao Tabagismo de Palmeira dos Índios, Silvana Vieira.
Entre os palestrantes, o primeiro dia do evento contou com a participação do coordenador do Centro de Apoio ao Tabagista do Rio de Janeiro, Alexandre Milagres; o professor de pneumologia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Fernando Guimarães; o cardiologista Aliomar Lins; e o oncologista André Guimarães.