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Acusados pela morte de advogado comparecem em primeira audiência
Chegaram algemados para a primeira audiência de instrução criminal do caso, realizada no Fórum de Marechal Deodoro, na manhã desta terça-feira (4), os acusados pela morte do advogado Marcos André Deus de Felix, em março deste ano. A sessão foi marcada pelo juiz Leo Denisson, titular da Comarca daquele município.
Os primeiros a chegar foram Álvaro Douglas dos Santos, conhecido como “Alvinho”, Elivaldo Francisco da Silva, o “Vado”, a camareira da pousada Ecos do Mar, onde a vítima foi baleada, Maria Flávia dos Santos, e o namorado dela, Juarez Tenório da Silva, o “Júnior”. Os suspeitos de serem os mandantes no crime, Janadaris Sfredo e o marido dela, Sérgio Sfredo, donos da pousada, ainda são aguardados.
O advogado foi baleado na Praia do Francês. Ele tentou se esconder na pousada onde estava hospedado, mas foi perseguido e atingido por tiros dentro do estabelecimento. Dias depois, a polícia prendeu Janadaris e Sérgio Sfredo sob suspeita de serem os mandantes do assassinato. Os outro quatro réus foram presos na sequência.
A audiência, que vai ouvir a versão dos réus e de 16 testemunhas, entre acusação e defesa, é um dos procedimentos necessários para definir a data do julgamento e se o caso vai a júri popular. Familiares da vítima e dos acusados estão no fórum e devem acompanhar a sessão.
A irmã do advogado, Manuela Alessandra de Deus Félix, afirmou não ter dúvidas de que o casal Sfredo é culpado. “Meu irmão não tinha inimizades. Quando ele estava no hospital, ele falou com a gente e disse que fugiu dos tiros caindo na pousada para que soubéssemos que o casal era culpado pelo crime. Não podemos ter ele de volta, mas queremos justiça”, afirma.
O advogado dos Sfredo, Ivan Pareta Junior, fala que o casal sustenta que é inocente. “Não existe prova da participação deles. Os depoimentos foram tendenciosos e há irregularidades no inquérito. Vamos provar que eles não tiveram nenhuma participação no crime”, defende.
De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público, o casal Janadaris e Sergio Luiz Sfredo seriam os mandantes do crime e teriam encomendado a morte do advogado a Alvinho, Vado e Junior por R$ 2 mil. O crime teria sido motivado por desentendimentos e disputas judiciais entre o casal e a vítima. Maria Flávia, a camareira, seria a responsável por intermediar contato com os executores.
Fonte: Redação com G1.com
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