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15ª Feira da Reforma Agrária será aberta nesta quarta-feira em Maceió

09/09/2014
15ª Feira da Reforma Agrária será aberta nesta quarta-feira em Maceió

Produtos oferecidos pela feira são comercializados a preços justos e tabelados, segundo o MST (Foto: Adailson Calheiros)

Produtos oferecidos pela feira são comercializados a preços justos e tabelados, segundo o MST (Foto: Adailson Calheiros)

A Praça da Faculdade, localizada no bairro do Prado, em Maceió, recebe todos os anos, no mês de setembro, centenas de feirantes vindos de acampamentos e assentamentos organizados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Agricultores de toda Alagoas realizam um verdadeiro encontro do campo com a cidade, numa celebração do trabalho do campo, da fartura e da cultura popular com a realização da Feira da Reforma Agrária, que este ano chega a sua 15ª edição.
A Feira acontece entre os dias 10 e 13 deste mês, com o MST colocando na mesa do maceioense a produção das áreas de reforma agrária. A cerimônia de abertura será às 18h desta quarta-feira (10), dia que se inicia cedo para feirantes e consumidores, com a comercialização dos produtos. Todas as noites o Festival de Cultura Popular dará o tom de festividade ao evento.
O MST impulsiona a produção camponesa como elemento para o desenvolvimento das regiões onde se localizam os acampamentos e assentamentos e como possibilidade de mudança e dignidade para as famílias no meio rural.
Entretanto, os benefícios de uma Reforma Agrária Popular e da produção camponesa de alimentos não fica somente no campo. A 15ª Feira da Reforma Agrária é um exemplo deste vínculo inseparável que os camponeses têm com a cidade. Na Feira o pai de família e a dona de casa veem o alimento saudável, sentem o sabor da lavoura. Tudo isso é comercializado a preços justos e tabelados, sem ter que dar lucro a atravessadores, uma proposta que beneficia tanto o vendedor como o comprador.
“A Feira expressa esse vínculo do campo com a cidade, do cultivo da Terra à comercialização dos alimentos, bem como desde outras dimensões da vida no campo, como a cultura popular e os saberes tradicionais do homem e da mulher camponeses”, avalia Débora Nunes, da Coordenação Nacional do MST. “Tudo isso é fruto da organização dos trabalhadores rurais, em movimento lutando por seus direitos fundamentais. A Feira e nossa produção são frutos dessas lutas”, conclui.