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Navio atracado no Porto do Recife recebe 3,5 mil torcedores mexicanos

11/06/2014

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Chapéus com abas enormes, camisas verdes e muita gente falando espanhol pelas ruas do centro da cidade. Nesta quarta-feira (10), foi dada a largada da invasão mexicana no Recife, motivada pela Copa do Mundo. Até o próximo dia 26 de junho, 3,5 mil torcedores do México estarão hospedados no navio MSC Divina, atracado no Porto do Recife, um dos mais antigos do país. No planejamento do grupo, há viagens para Natal e Fortaleza, onde a seleção conhecida como “El Tri” tem partidas agendadas para os dias 13 e 17, respectivamente. No Recife, eles enfrentam a Croácia no dia 23, sendo este o último jogo da primeira fase.

Porta de entrada dos turistas, o terminal de passageiros passou por reformas e foi entregue com nova estrutura em setembro do ano passado. Desde que foi inaugurado o terminal tem sido operado pelo próprio Porto do Recife e já recebeu mais de 40 mil passageiros (número que equivale ao período de outubro de 2013 a abril de 2014). Orgulhoso da operação, o presidente do Porto, Schebna Machado, enxerga a chegada do navio como um a oportunidade para confirmar e até mesmo aumentar a vocação turística do Estado. “Com a Copa do Mundo, mostramos à sociedade pernambucana que a gente tem a capacidade de preparar e operar um terminal de passageiros desse porte. É o mais bonito do Brasil”, disse.

Se, de uma forma geral, a Copa do Mundo já é sinônimo de diversão, imagina para quem trabalha com humor. É o caso do grupo de humoristas mexicanos Werever Tumorro. Juntos há seis anos, os sete amigos têm um canal no YouTube onde se dedicam a fazer comédia para jovens. Equipados com instrumentos musicais e câmeras, eles vieram dispostos a desafiar os brasileiros pelo menos fora de campo. “Queremos agitar os brasileiros. Vamos ver se eles aguentam”, comenta Gabriel Montiel, um dos integrantes da turma. Curiosos pela cultura local, logo que chegaram os humoristas partiram em direção ao Marco Zero, onde gravaram o primeiro vídeo na capital pernambucana.

Agitação também está nos planos do bacharel em comércio Cláudio Carillo e da estudante de direito Valéria Magaña. “Acho que vai ser um mundial de muita festa. Imagine misturar cerveja, tequila e caipirinha”, brinca Cláudio. Já Valéria lembra que Brasil e México têm muito em comum. “A minha primeira impressão confirmou o que eu já ouvia falar do país: o povo é muito hospitaleiro. Nisso são totalmente parecidos aos mexicanos, se entregam de coração.”

Apesar de estarem sendo assistidos por uma agência de turismo especialmente contratada para o grupo de mexicanos, o médico Roberto Carlos de la Cruz e o publicitário César de la Cruz já se anteciparam em buscar pontos turísticos. “Não sabíamos de muita coisa sobre a cidade, mas já fizemos uma programação de pontos a conhecer. Marco Zero, Boa Viagem, Palácio de Justiça e Torre Malakoff”, explica o publicitário, devidamente paramentado com seu “sombrero de charro”, tradicional chapéu do México. Empolgados com o Mundial, eles já garantiram até a taça antes mesmo dos jogadores entrar em campo.