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Caso Diego Florêncio: tarde é marcada entre debate de acusação e defesa

13/05/2014
Caso Diego Florêncio: tarde é marcada entre debate de acusação e defesa

O julgamento dos réus Antônio Garrote da Silva Filho, Juliano Ribeiro Balbino e Paulo José Leite Teixeira, acusados pelo assassinato do estudante Diego de Santana Florêncio, em junho de 2007, na cidade de Palmeira dos Índios, teve continuidade com os debates entre acusação e defesa, na tarde desta terça-feira (13), no Fórum da Capital, no bairro Barro Duro.
Durante o júri popular, conduzido pelo juiz John Silas, o assistente de acusação do Ministério Público (MP), José Fragoso Neto, afirmou aos jurados que não há dúvidas da participação dos três réus no assassinato de Diego Florêncio. Ainda segundo o assistente de acusação, há depoimento de uma testemunha ocular do crime e de mais três que comprovam a versão do envolvimento dos acusado. Além da tentativa de forjar um álibi, atitude considerada por ele como desesperada.
“Criar um álibi é comportamento de inocente? Quem forja é porque tem culpa. [Os réus] Mentiram a primeira vez e negaram novamente diante de vocês [jurados]. Estes acusados não tinham como sustentar a mentira, pois conseguimos desmentir através do depoimento de testemunhas e por quebra de sigilo telefônico”, argumentou José Fragoso, ao afirmar que Juliano Balbino é o executor material do assassinato e os outros dois réus, Paulo José e Antônio Garrote, os cúmplices do crime.
José Fragoso Neto sustentou, também, a periculosidade dos acusados no município de Palmeira dos Índios, em que foi necessário o desaforamento do júri popular para a Comarca de Maceió. Para ele, os réus tentaram inverter os fatos, colocando-se no lugar de vítimas em vez de culpados.

Defesa contesta investigação do crime

Fernando Muniz Falcão, advogado de defesa do réu Paulo José Leite Teixeira, afirmou que a investigação da Polícia Civil não prova com clareza a autoria do acusado no assassinato de Diego Florêncio e indagou o depoimento de uma testemunha durante o inquérito policial, que relata as características dos autores do crime. Segundo ele, o depoimento se contradiz e as informações foram colhidas apenas em primeiro momento, sem maior investigação.
Os advogados Lutero Gomes Beleza e Raimundo Palmeira também defenderam seus clientes, no debate ocorrido do 3º Salão do Tribunal do Júri . O julgamento está previsto para terminar às 21h.

Magistrado fala sobre julgamento