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Audiência pública discute falta de água e de energia em Cacimbinhas

03/05/2014
Audiência pública discute falta de água e de energia em Cacimbinhas

População participou de audiência sobre abastecimento em Cacimbinhas

População participou de audiência sobre abastecimento em Cacimbinhas

  A falta de água e de energia elétrica na região da Bacia Leiteira, especialmente em Cacimbinhas, foi o principal assunto discutido na audiência pública realizada na última quarta-feira (30), nessa cidade. A deficiência de potencial energético impede o funcionamento simultâneo das duas bombas da estação de captação de Pão de Açúcar, responsável pelo funcionamento do Sistema Coletivo da Bacia Leiteira.
Mesmo com potencial energético reduzido, a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) e o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra), estão adotando medidas de curto, médio e longo prazos para resolver, na parte que lhes compete, o problema de desabastecimento prolongado nos municípios da Bacia Leiteira, especialmente em Cacimbinhas, que, por ser uma cidade situada no final da adutora, tem maiores dificuldades para ser abastecida.
“Estamos adotando, como medida de curto prazo, um novo cronograma de abastecimento para a região e fazendo uma varredura ao longo da adutora para conter os vazamentos e outros problemas de caráter operacional. Para isto, deslocamos uma equipe de profissionais de Maceió para reforçar, por 60 dias, as equipes da Unidade de Negócio Bacia Leiteira nesse trabalho”, revelou o vice-presidente de Gestão Operacional da Casal, Carlos Figueiredo, durante a audiência.
Figueiredo também disse que, paralelamente a essa ação, serão realizadas de forma mais acentuada as operações-surpresa de fiscalização, também conhecidas como ações administrativas, tanto na zona rural, quanto na área urbana das cidades abastecidas pelo Sistema Coletivo da Bacia Leiteira, nos moldes da operação realizada no dia 25 de abril, quando foram efetuadas sete prisões em flagrante. Essas ações, segundo ele, contam com o apoio do Ministério Público Estadual e da Polícia Militar, entre outros órgãos.
Como medidas de médio e de longo prazos, o presidente da Casal, Álvaro Menezes, que também participou da audiência, citou o projeto de reforço do abastecimento por meio da captação de Belo Monte, e as obras integrantes do PAC Seca, que envolvem recursos da ordem de R$ 114 milhões e que vão beneficiar os 19 municípios da Bacia Leiteira. Desse montante, de acordo com Menezes, R$ 54 milhões já foram contratados pela Seinfra.
O presidente da Casal, o vice-presidente Operacional, Carlos Figueiredo, o vice-presidente de Serviços de Engenharia, Osmar Lisboa, e também o assessor da Vice-Presidência Operacional, Jorge Briseno, e o gerente da Unidade de Negócio Bacia Leiteira, José Arnaldo, relataram as dificuldades para abastecer os municípios da região, apontando como principal problema a insuficiência de potencial enérgético.
Durante as exposições e debates da audiência pública, foram esclarecidas dúvidas como a relacionada à adutora expressa Batalha-Major Isidoro, que contribuiria para que mais água chegasse a Cacimbinhas. Mesmo com essa obra concluída e em funcionamento, persistiu o problema de escassez de água por longo período em Cacimbinhas. Os diretores e técnicos da Casal foram unânimes em reconhecer a importância da adutora. “Sem ela, as dificuldades de abastecimento de Major Isidoro e Cacimbinhas seriam ainda maiores”, afirmou o engenheiro Jorge Briseno, porém há um problema de queda de tensão que impede seu funcionamento todos os dias a partir das 18 horas.
A Eletrobras Distribuição Alagoas, por sua vez, reconheceu, por meio de seus representantes, as deficiências no fornecimento de energia elétrica e anunciou medidas de médio e longo prazos para resolver o problema. Além de gestores e técnicos da Casal e da Eletrobrás, participaram da audiência o prefeito de Cacimbinhas, Roberto Wanderley, o deputado Ricardo Nezinho, vereadores e representante da Funasa, além de lideranças comunitárias e o povo cacimbiense de forma geral. Ficou definido que nova audiência deverá ser realizada nos próximos 45 dias para avaliar o que foi feito nesse período e discutir novas alternativas que possam eliminar ou pelo menos amenizar as dificuldades de abastecimento de água e de energia elétrica, não apenas em Cacimbinhas, mas em todos os municípios da Bacia Leiteira.