Os monitores selecionados através do edital publicado no Diário Oficial do Estado, em 13 de fevereiro deste ano, foram recebidos na tarde desta segunda-feira (31), na sede da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) pela equipe de Inclusão Digital. O encontro teve como objetivo orientá-los quanto ao trabalho que vão executar daqui pra frente nos telecentros implantados no Estado.
Foram escolhidos 17 monitores para atuar, já a partir desta terça-feira (1), nos telecentros localizados na região onde residem, pois essa era uma das exigências do edital. Eles vão trabalhar em diversas localidades de Maceió e no interior do Estado, a exemplo de Viçosa, Penedo e na região rural de Batalha, no povoado de Cajado dos Negros, além de outros telecentros como os da Cidade Universitária, Santos Dumont, Serraria, e Tabuleiro do Martins.
Os monitores são bolsistas do Ministério da Ciência e Tecnologia, através do CNPQ. A bolsa tem duração de 12 meses e está vinculada à participação nas atividades de Curso de Formação, que inicia nesta terça.
Segundo o coordenador de Inclusão Digital da Secti, Felipe Athayde, os aprovados no processo de seleção já têm atividades a serem desenvolvidas, tais como mapear às necessidades dos moradores da região sobre às demandas que podem ser oferecidas nos telecentros; cadastrar os interessados em participar dos cursos de informática básica para formar novas turmas; além de do treinamento que farão para capacitação online junto ao Governo Federal. O trabalho de monitor tem dedicação de seis horas diárias, ou 30 horas semanais, incluindo duas horas diárias para capacitação de curso à distância.
Para Thiago Emanuel Silva de Almeida, 26 anos, selecionado para trabalhar no telecentro na Ponta da Terra, a experiência que tem em projetos na área de licenciatura em tecnologia da informação, bem como a formação acadêmica em ciências biológicas dão uma bagagem de conhecimento que ele espera passar para os alunos do telecentro. “Também sei que vou aprender muito no contato do dia-a-dia com eles”, ressalta. Segundo Thiago, o desafio é incluir a tecnologia da informação no cotidiano das pessoas.
Os telecentros.br fazem parte do Programa Alagoano de Inclusão Digital, do Governo do Estado, em parceria com o Governo Federal.  Em Maceió são 20 unidades com computadores conectados à Internet em banda larga, e objetiva promover a inclusão digital e social das comunidades atendidas. Já a estudante de Administração de Empresas da UFAL, Laila Gabriele Cavalari, 18 anos, que conquistou o lugar de monitora no telecentro da Serraria, essa primeira experiência profissional lhe dará muito aprendizado e novas oportunidades, principalmente porque Laila descobriu uma infinidade de ações que podem criar dentro dos telecentros, além dos cursos de informática básica.
“Aprendi hoje que posso verificar a necessidade dos moradores sobre vários serviços de utilidade pública, até cursos de orientação e prevenção às DSTS e Aids é possível a gente implantar, aproveitando a tecnologia que temos nos cursos  e plataformas online”, disse.
As entidades beneficiadas com os telecentros são organizações não-governamentais (ong’s), pontos de cultura e associações comunitárias, que, em contrapartida, disponibilizam espaço adequado para seu funcionamento. Todos os telecentros são equipados com 11 computadores, uma impressora, uma câmera de segurança, kit mobiliário (mesas, cadeiras e armário), um datashow. Eles oferecem hoje curso de informática básica, acesso à internet e possibilidade de emissão da guia do IPTU, tudo de graça.
Os monitores são responsáveis pelo atendimento ao público nos telecentros, e trabalham como facilitadores nos cursos de informática básica, oferecidos gratuitamente à população, permitindo aos frequentadores do local o uso das tecnologias da informação e comunicação disponíveis, de forma articulada ao desenvolvimento da comunidade.
O secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, Eduardo Setton, informou que o resultado dessa seleção pode ser acessado pelo site www.secti.al.gov.br.