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Sesau realiza seminário sobre a promoção de equidade em saúde

25/09/2013

A Promoção da Saúde e a Garantia de uma Maior Inclusão de Diferentes Grupos Sociais é o objetivo do III Seminário Estadual de Promoção de Equidade em Saúde. O evento, que foi iniciado nesta terça-feira (24), e está ocorrendo no Recanto Coração de Jesus, em Maceió, reúne educadores, quilombolas, ciganos, indígenas, profissionais da saúde, além de representantes da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros).
IIIseminarioDurante a abertura do evento, a diretora de Promoção da Saúde, Eliana Padilha, representando o secretário de Estado da Saúde, Jorge Villas Bôas, destacou que a diversidade cultural deve ser abraçada pelo Estado. “O SUS [Sistema Único de Saúde], garante o acesso a todos os brasileiros que dele necessitam. Por isso, é imprescindível que as características únicas de cada grupo devam ser levadas em consideração. Dessa forma o Governo do Estado garante uma maior inclusão de todos, reforçando o caráter universal do SUS”, explicou.
A diretora ressaltou a importância da participação de educadores no seminário, destacando o papel da educação popular em criar cidadania. Isso porque, de acordo com Eliana Padilha, cabe aos educadores levar ao povo a consciência a respeito de seus direitos e seu papel para a construção e evolução do modelo de assistência à saúde.
Outro ponto de destaque do encontro diz respeito à discussão sobre a implantação da Política Nacional de Promoção à Saúde em diferentes extratos da população, como grupos indígenas, afrodescendentes e remanescentes de quilombos. Também durante o evento está sendo discutida a promoção da cidadania de pessoas da comunidade LGBT.
A gerente de Políticas de Promoção de Equidade em saúde, Margareth Magalhães, lembrou que esse seminário destina-se também a promover uma maior interação entre pessoas, movimentos sociais e gestores públicos, visando o fortalecimento de políticas públicas voltadas para a justiça social. “A implementação de políticas públicas que entendam e respeitem a diversidade é um estágio que só pode ser alcançado através do dialogo”, destacou.
Ainda durante a abertura, o casal Anne Kellen e Ruiter brindaram os participantes com uma performance musical da cultura cigana, intitulada Luma Mai. “Luma Mai é uma expressão que pode ser traduzida como Um mundo melhor, e esse deve ser sempre o nosso objetivo, focando a construção de um mundo mais justo e acolhedor para nossos filhos e os filhos de nossos filhos”, opinou Ruiter.
Após a abertura do seminário, integrantes do grupo de Coco de Roda Mandacaru realizaram uma apresentação, dirigida por Ítalo Régis. O grupo, com sede no bairro do Clima Bom, é formado por jovens e adolescentes e existe há quinze anos. Ítalo Régis ressaltou a alegria do grupo, em participar do encontro que ele classifica como um passo importante e histórico para uma maior inclusão social em Alagoas.

Programação – O evento acontece até esta quinta-feira (26) e, entre os assuntos a serem abordados, destaque para uma roda de conversa sobre os direitos humanos e a soberania alimentar. Para mediar o debate, que vai contar com representantes do Conselho Estadual de Saúde (CES) e do Movimento dos Sem Terra de Alagoas (MST), foi convidada a professora da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Maria Bezerra.
O evento conta também com debates sobre a questão indígena em Alagoas, que terão a participação do representante indígena, Koran e Gerson Alves da Ufal. Nesta quarta-feira (25), representantes do Movimento Popular de Saúde dos estados da Paraíba, Sergipe e Alagoas promoverão debates sobre as práticas integrativas e sua legitimação no SUS.
Na quinta-feira (26), os debates serão centrados na Política Nacional de Educação Popular, além de serem realizadas discussões sobre o fortalecimento da Educação Popular e Saúde (EPS). Durante todo o seminário os participantes terão a oportunidade de participar de espaços dedicados a cuidados com Reiki, massagem, auriculoterapia, reflexologia, ritual chamânico e limpeza energética.